Even with all the care taken during the production process, the pharmaceutical industries are still subject to manufacturing medicines with quality deviations, generating commercialized products ...without the required quality and necessitating their subsequent recall from the market. The objective of this study was to evaluate the reasons that led to the recall of medicines in Brazil in the period evaluated.
This is a descriptive study (using document analysis), on the recall of substandard medicines registered on the website of the National Health Surveillance Agency (ANVISA), from 2010 to 2018. The variables studied were the type of medicine (reference, generic, similar, specific, biological, herbal, simplified notification, new and radiopharmaceutical), type of pharmaceutical dosage form (solid, liquid, semi-solid and parenteral preparation), and reason for recall (Good manufacturing practices, quality and quality/good manufacturing practices).
A total of n = 3,056 recalls of substandard medicine were recorded. Similar medicines had a higher recall index (30.1%), followed by generics (21.3%), simplified notification (20.7%) and reference (12.2%). Different dosage forms had similar recalls: solids (35.2%), liquids (31.2%) and parenteral preparations (30.0%), with the exception of semi-solids (3.4%). The reasons for the highest occurrences were related to good manufacturing practices (58.4%) and quality (40.4%).
The probable cause for this high number of recalls is the fact that, even with all the quality controls and processes in accordance with good manufacturing practices, errors can occur, both human and in automated processes, thus causing the release of batches that should not have been approved. In summary, it is necessary for manufacturers to implement a robust and well structured quality system in order to avoid such deviations, and it is up to ANVISA to apply greater oversight in the post marketing of these products.
Full text
Available for:
CEKLJ, DOBA, IZUM, KILJ, NUK, PILJ, PNG, SAZU, SIK, UILJ, UKNU, UL, UM, UPUK
To analyze factors associated with low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil.
Analysis of data from Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de ...Medicamentos (PNAUM - Brazilian Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a population-based cross-sectional household survey, based on a probabilistic sample of the Brazilian population. We analyzed the association between low adherence to drug treatment measured by the Brief Medication Questionnaire and demographic, socioeconomic, health, care and prescription factors. We used Poisson regression model to estimate crude and adjusted prevalence ratios, their respective 95% confidence interval (95%CI) and p-value (Wald test).
The prevalence of low adherence to drug treatment for chronic diseases was 30.8% (95%CI 28.8-33.0). The highest prevalence of low adherence was associated with individuals: young adults; no education; resident in the Northeast and Midwest Regions of Brazil; paying part of the treatment; poor self-perceived health; three or more diseases; reported limitations caused by a chronic disease; using five drugs or more.
Low adherence to drug treatment for chronic diseases in Brazil is relevant, and regional and demographic differences and those related to patients' health care and therapy regime require coordinated action between health professionals, researchers, managers and policy makers.
Analisar fatores associados à baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas no Brasil.
Análise de dados oriundos da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar de base populacional, de delineamento transversal, baseado em amostra probabilística da população brasileira. Analisou-se a associação entre baixa adesão ao tratamento medicamentoso mensurado pelo Brief Medication Questionnaire e fatores demográficos, socioeconômicos, de saúde, assistência e prescrição. Foi utilizado modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência brutas e ajustadas, os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%) e p-valor (teste de Wald).
A prevalência de baixa adesão ao tratamento farmacológico de doenças crônicas foi de 30,8% (IC95% 28,8-33,0). As maiores prevalências de baixa adesão estiveram associadas a indivíduos: adultos jovens; que nunca estudaram; residentes na região Nordeste e Centro-Oeste do País; que tiveram que pagar parte do tratamento; com pior autopercepção da saúde; com três ou mais doenças; que referiam limitação causada por uma das doenças crônicas; e que faziam uso de cinco medicamentos ou mais.
A baixa adesão ao tratamento medicamentoso para doenças crônicas no Brasil é relevante e as diferenças regionais, demográficas e aquelas relacionadas à atenção à saúde do paciente e ao regime terapêutico requerem ações coordenadas entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e formuladores de políticas para o seu enfrentamento.
To analyze the prevalence and associated factors regarding the use of medicines by self-medication in Brazil.
This cross-sectional population-based study was conducted using data from the PNAUM ...(National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), collected between September 2013 and February 2014 by interviews at the homes of the respondents. All people who reported using any medicines not prescribed by a doctor or dentist were classified as self-medication practitioners. Crude and adjusted prevalence ratios (Poisson regression) and their respective 95% confidence intervals were calculated in order to investigate the factors associated with the use of self-medication by medicines. The independent variables were: sociodemographic characteristics, health conditions and access to and use of health services. In addition, the most commonly consumed medicines by self-medication were individually identified.
The self-medication prevalence in Brazil was 16.1% (95%CI 15.0-17.5), with it being highest in the Northeast region (23.8%; 95%CI 21.6-26.2). Following the adjusted analysis, self-medication was observed to be associated with females, inhabitants from the North, Northeast and Midwest regions and individuals that have had one, or two or more chronic diseases. Analgesics and muscle relaxants were the therapeutic groups most used for self-medication, with dipyrone being the most consumed medicines. In general, most of the medicines used for self-medication were classified as non-prescriptive (65.5%).
Self-medication is common practice in Brazil and mainly involves the use of non-prescription medicines; therefore, the users of such should be made aware of the possible risks.
Analisar a prevalência e os fatores associados à utilização de medicamentos por automedicação no Brasil.
Este estudo transversal de base populacional foi realizado com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de medicamentos (PNAUM), coletados de setembro de 2013 a fevereiro de 2014, por meio de entrevistas em domicílio. Todas as pessoas que referiram usar qualquer medicamento sem prescrição por médico ou dentista foram classificadas como praticantes de automedicação. Foram calculadas razões de prevalência bruta e ajustada (regressão de Poisson) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% na investigação dos fatores associados ao consumo de medicamentos por automedicação. As variáveis independentes foram: aspectos sociodemográficos, de condições de saúde e de acesso e utilização de serviços de saúde. Adicionalmente, foram identificados os medicamentos mais consumidos por automedicação.
A prevalência da automedicação no Brasil foi de 16,1% (IC95% 15,0-17,5), sendo maior na região Nordeste (23,8%; IC95% 21,6-26,2). Após análise ajustada, automedicação mostrou-se associada a ser do sexo feminino, pertencer às faixas etárias 10-19 anos, 20-29 anos, 40-59 anos e 60 anos ou mais, residir na região Norte, Nordeste ou Centro-Oeste, e ter uma ou duas ou mais doenças crônicas. Os analgésicos e os relaxantes musculares foram os grupos terapêuticos mais utilizados por automedicação, sendo a dipirona o fármaco mais consumido. No geral, a maioria dos medicamentos usados por automedicação foram classificados como isentos de prescrição (65,5%).
A automedicação é prática corrente no Brasil e envolve, principalmente, o uso de medicamentos isentos de prescrição, devendo os usuários ficarem atentos aos seus possíveis riscos.
To analyze variations in the prevalence of chronic use of medicines by older adults in Brazil according to its possible association with the most prevalent chronic diseases and demographic and health ...factors, and to identify risk factors for polypharmacy.
A study based on data from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM), a cross-sectional, population-based survey with probability sampling in Brazilian urban areas. The independent variable was the number of chronic-use medicines taken by older adults, linked to eight chronic diseases investigated. The intervening variables were gender, age group, marital status, level of education, socioeconomic status, Brazilian region, body mass index, smoking, self-perceived health, hospitalization in the previous year and having health insurance, besides the investigated chronic diseases. A multivariable analysis identified risk factors for polypharmacy.
Prevalence of at least one chronic-use medicines among older adults was 93.0%. Of the total number of older adults, 18.0% used at least five medications (polypharmacy). Polypharmacy was higher among the oldest individuals (20.0%), in the South region (25.0%), in those with poor self-perceived health (35.0%), in obese individuals (26.0%), in those with reported health insurance (23.0%) or hospitalization in the previous year (31.0%), and among those who reported any of the investigated diseases, particularly diabetes (36.0%) and heart diseases (43.0%). The variables remaining in the final risk model for polypharmacy were age, region, perceived health, health insurance, hospitalization in the previous year and all investigated diseases except stroke.
Older adults with specific diseases have risk factors for polypharmacy modifiable by actions aimed at the rational use of medicines. With the current population aging and successful drug access policy, the trend is an increase in drug use by older adults, which should feature as a priority in the planning agenda of the Brazilian Unified Health System (SUS).
Analisar as variações da prevalência do uso crônico de medicamentos por idosos no Brasil segundo sua possível associação com as doenças crônicas mais prevalentes, fatores sociodemográficos e de saúde, e identificar fatores de risco para polifarmácia.
Estudo com dados da Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, de caráter transversal e amostra probabilística populacional em municípios brasileiros urbanos. A variável independente foi o número de medicamentos de uso crônico por idosos, vinculados às oito doenças crônicas investigadas. As variáveis intervenientes foram sexo, faixa etária, situação conjugal, escolaridade, nível socioeconômico, região do País, índice de massa corporal, hábito de fumar, percepção da própria saúde, internação no último ano e posse de plano de saúde privado, além das doenças crônicas referidas. Uma análise multivariável identificou os fatores de risco para polifarmácia.
A prevalência de pelo menos um medicamento de uso crônico entre idosos foi de 93,0%. Do total de idosos, 18,0% utilizavam pelo menos cinco medicamentos (polifarmácia). A polifarmácia foi maior entre os mais idosos (20,0%), na região Sul (25,0%), nos que avaliaram a própria saúde como ruim (35,0%), nos obesos (26,0%), nos que referiram ter plano de saúde (23,0%) ou internação no último ano (31,0%) e entre os que referiram qualquer uma das doenças investigadas, particularmente diabetes (36,0%) e doenças cardíacas (43,0%). No modelo final de risco para polifarmácia permaneceram idade, região, percepção de saúde, posse de plano de saúde, internação no último ano e todas as doenças investigadas exceto acidente vascular cerebral.
Idosos com doenças específicas têm fatores de risco para polifarmácia modificáveis por ações que visem o uso racional de medicamentos. Com o envelhecimento populacional em curso e a política exitosa de acesso a medicamentos, a tendência é aumentar a utilização de medicamentos por idosos, que deve ser prioridade na agenda de planejamento do Sistema Único de Saúde.
To describe overall physical activity prevalence measured by the Global Physical Activity Questionnaire as well as inequalities in leisure-time physical activity among Brazilian adults (15 y and ...older).
Data from the Brazilian Survey on Medicine Access, Utilization, and Rational Use of Medicines were analyzed. The study was carried out between September 2013 and February 2014. Physical activity was measured through Global Physical Activity Questionnaire and classified according to the recommendations of the World Health Organization. Additional analysis determined the contribution of each physical activity domain to the total amount of physical activity. Inequalities in terms of sex, age, and socioeconomic position were explored.
About one-third of the participants (37.1%; 95% confidence interval, 35.5-38.8) were physically inactive. Work-based activities were responsible for 75.7% of the overall physical activity. The prevalence of participants achieving physical activity guidelines considering only leisure-time activities was 17.8% (95% confidence interval, 16.7-19.2). Females and older participants were less active than their counterparts for both overall and leisure-time physical activity; socioeconomic status was positively associated to leisure-time physical activity.
Major overall physical activity is attributed to work-related physical activity. Leisure-time physical activity, a key domain for public health, presents important gender and socioeconomic inequalities.
To assess the prevalence of multimorbidity among Brazilian adults and its association with socioeconomic indicators.
Cross-sectional study that used data from the Pesquisa Nacional Sobre Acesso, ...Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM - Brazilian National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), carried out between 2013 and 2014. The definition of multimorbidity was the coexistence, in a single individual, of two or more chronic diseases, measured through a list of 14 morbidities (self-reported medical diagnosis throughout life). Economic status and educational level were the socioeconomic indicators used, being the inequalities assessed through the Slope Index of Inequality (SII) and the Concentration Index, stratified by gender.
The study comprehended 23,329 adults (52.8% of which were women), with an average age of 37.9 years. Hypertension and high cholesterol levels were the most prevalent conditions. The prevalence of multimorbidity was of 10.9% (95%CI 10.1-11.7) representing nearly 11 million individuals in Brazil, of which 14.5% (95%CI 13.5-15.4) were women and 6.8% (95%CI 5.9-7.8) were men. The occurrence of multimorbidity was similar according to the socioeconomic indicators. In the inequality analysis, we observed absolute and relative differences in men with a higher purchasing power (SII = 3.7; 95%CI 0.3-7.0) and higher educational level (CIX = 7.1; 95%CI 0.9-14.7), respectively.
The frequency of comorbidities in Brazilian adults is high, especially in absolute terms. We only observed socioeconomic inequalities in multimorbidities among men.
To analyze the access to medicines to treat non-communicable diseases in Brazil according to socioeconomic, demographic, and health-related factors, from a multidimensional perspective.
Analysis of ...data from the National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM), household survey, sampling plan by conglomerates with representativeness of the Brazilian population and large areas of the country, according to sex and age domains. Data collected in 2013-2014 with sample of adults (≥ 20 years) who reported having non-communicable diseases and medical indication for use of medicines (n = 12,725). We assessed the prevalence of access to medicines for self-reported non-communicable diseases, considering four dimensions: availability, geographic accessibility, acceptability, and affordability. We applied Pearson's Chi-square test to assess the statistical significance of the differences between strata, considering the level of significance of 5%. We found prevalence of 94.3%, 5.2%, and 0.5% for full, partial, and null access, respectively. Higher prevalence was observed among seniors in the South compared to the Northeast; for those who reported having one non-communicable disease compared to those who reported having two or more; for those who needed one medicine compared to those who needed three or more; and for those who self-assessed their health as good or very good. Geographic accessibility was similar in the Unified Health System and in the private pharmacies (72.0%). Total availability of medicines was 45.2% in the Unified Health System, 67.4% in the Popular Pharmacy Program, and 88.5% in private pharmacies. Acceptability was 92.5% in the Unified Health System, 97.8% in the Popular Pharmacy Program, and 98.7% in private pharmacies. As to affordability, 2.6% of the individuals failed to take the medicines they should in the 30-day period prior to the interview due to financial difficulty. Prevalence of full access to medicines for non-communicable diseases in Brazil is high and presents significant differences for age group, region of the country, number of non-communicable diseases, and for medicines prescribed and self-assessment of health. The major barriers to access to medicines were identified in the dimensions analyzed.
Analisar o acesso a medicamentos para tratar doenças crônicas não transmissíveis no Brasil segundo fatores socioeconômicos, demográficos e de saúde, sob perspectiva multidimensional.
Análise de dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), inquérito domiciliar, plano amostral por conglomerados com representatividade da população brasileira e grandes regiões do País, segundo domínios de sexo e idade. Dados coletados em 2013-2014 com amostra constituída por adultos (≥ 20 anos) que referiram ter doenças crônicas não transmissíveis e indicação médica para usar medicamentos (n = 12.725). Avaliou-se a prevalência de acesso aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis autorreferidas, considerando quatro dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Aplicou-se teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a significância estatística das diferenças entre os estratos, considerando o nível de significância de 5%.
Foram encontradas prevalências de 94,3%, 5,2% e 0,5% para acesso total, parcial e nulo, respectivamente. Maiores prevalências ocorreram entre os idosos, na região Sul comparada à região Nordeste; naqueles que referiram ter uma doença crônica não transmissível comparados aos que referiram ter duas ou mais; naqueles que precisavam de um medicamento comparados aos que precisavam de três ou mais; e naqueles que autoavaliaram sua saúde como boa ou muito boa. A acessibilidade geográfica foi semelhante no Sistema Único de Saúde e nas farmácias privadas (72,0%). A disponibilidade total de medicamentos foi de 45,2% no Sistema Único de Saúde, 67,4% no Programa Farmácia Popular e 88,5% nas farmácias privadas. A aceitabilidade foi de 92,5% no Sistema Único de Saúde, 97,8% no Programa Farmácia Popular e 98,7% nas farmácias privadas. Quanto à capacidade aquisitiva, 2,6% dos indivíduos não tomou os medicamentos que deveria nos 30 dias anteriores à entrevista devido à dificuldade financeira.
A prevalência do acesso total aos medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis no Brasil é alta e apresenta diferenças significativas por faixa etária, região do País, número de doenças crônicas não transmissíveis e de medicamentos prescritos e autoavaliação da saúde. Foram identificadas as principais barreiras ao acesso a medicamentos nas dimensões analisadas.
To analyze the access to and use of medicines for high blood pressure among the Brazilian population according to social and demographic conditions.
Analysis of data from Pesquisa Nacional Sobre ...Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), a nationwide cross-sectional, population-based study, with probability sampling, carried out between September 2013 and February 2014 in urban households in the five Brazilian regions. The study evaluated the access and use of medicines to treat people with high blood pressure. The independent variables were gender, age, socioeconomic status and Brazilian region. The study also described the most commonly used drugs and the percentage of people treated with one, two, three or more drugs. Point estimations and confidence intervals were calculated considering the sample weights and sample complex plan.
Prevalence of high blood pressure was 23.7% (95%CI 22.8-24.6). Regarding people with this condition, 93.8% (95%CI 92.8-94.8) had indication for drug therapy and, of those, 94.6% (95%CI 93.5-95.5) were using the medication at the time of interview. Full access to medicines was 97.9% (95%CI 97.3-98.4); partial access, 1.9% (95%CI 1.4-2.4); and no access, 0.2% (95%CI 0.1-0.4). The medication used to treat high blood pressure, 56.0% (95%CI 52.6-59.2) were obtained from SUS (Brazilian Unified Health System), 16.0% (95%CI 14.3-17.9) from Popular Pharmacy Program, 25.7% (95%CI 23.4-28.2) were paid for by the patients themselves and 2.3% (95%CI 1.8-2.9) were obtained from other locations. The five most commonly used drugs were, in descending order, hydrochlorothiazide, losartan, captopril, enalapril and atenolol. Of the total number of patients on treatment, 36.1% (95%CI 34.1-37.1) were using two medicines and 13.5% (95%CI 12.3-14.9) used three or more.
Access to medicines for the treatment of high blood pressure may be considered high and many of them are available free of charge. The most commonly used drugs are among those recommended as first-line treatment for high blood pressure control. The percentage of people using more than one drug seems to follow the behavior observed in other countries.
Analisar o acesso e a utilização de medicamentos para a hipertensão na população brasileira segundo condições sociais e demográficas. Análise dos dados da Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, estudo nacional de delineamento transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014 em domicílios urbanos nas cinco regiões do Brasil. Avaliou-se o uso e acesso aos medicamentos para os cuidados com pessoas que apresentam hipertensão arterial. As variáveis independentes utilizadas foram sexo, idade, nível socioeconômico e região do País. Também foram descritos os fármacos mais utilizados e a proporção de pessoas tratadas com um, dois, três ou mais fármacos. As estimativas de ponto e os intervalos de confiança foram calculados considerando os pesos amostrais e o plano complexo da amostra. A prevalência de hipertensão arterial foi de 23,7% (IC95% 22,8-24,6). Das pessoas com a condição, 93,8% (IC95% 92,8-94,8) tinham indicação de tratamento com medicamentos e, destes, 94,6% (IC95% 93,5-95,5) estavam usando os medicamentos no momento da entrevista. O acesso total aos medicamentos foi de 97,9% (IC95% 97,3-98,4); o acesso parcial, de 1,9% (IC95% 1,4-2,4); e o acesso nulo, de 0,2% (IC95% 0,1-0,4). Dos medicamentos utilizados para tratar a hipertensão, 56,0% (IC95% 52,6-59,2) foram obtidos no SUS, 16,0% (IC95% 14,3-17,9), no Programa Farmácia Popular, 25,7% (IC95% 23,4-28,2) pago do próprio bolso e 2,3% (IC95% 1,8-2,9) em outros locais. Os cinco fármacos mais utilizados foram, em ordem descrente, hidroclorotiazida, losartana, captopril, enalapril e atenolol. Do total de tratados, 36,1% (IC95% 34,1-37,1) estavam usando dois fármacos e 13,5% (IC95% 12,3-14,9) utilizavam três ou mais fármacos.
: O acesso aos medicamentos para tratamento da hipertensão pode ser considerado elevado e grande parte desses medicamentos é obtida gratuitamente. Os fármacos mais utilizados estão entre os preconizados como de primeira linha para o controle de hipertensão arterial. A proporção de pessoas utilizando mais de um fármaco parece seguir o comportamento observado em outros países.
To describe methodological aspects of the household survey National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines (PNAUM) related to sampling design and implementation, the actual ...obtained sample, instruments and fieldwork.
A cross-sectional, population-based study with probability sampling in three stages of the population living in households located in Brazilian urban areas. Fieldwork was carried out between September 2013 and February 2014. The data collection instrument included questions related to: information about households, residents and respondents; chronic diseases and medicines used; use of health services; acute diseases and events treated with drugs; use of contraceptives; use of pharmacy services; behaviors that may affect drug use; package inserts and packaging; lifestyle and health insurance.
In total, 41,433 interviews were carried out in 20,404 households and 576 urban clusters corresponding to 586 census tracts distributed in the five Brazilian regions, according to eight domains defined by age and gender.
The results of the survey may be used as a baseline for future studies aiming to assess the impact of government action on drug access and use. For local studies using a compatible method, PNAUM may serve as a reference point to evaluate variations in space and population. With a comprehensive evaluation of drug-related aspects, PNAUM is a major source of data for a variety of analyses to be carried out both at academic and government level.
Descrever aspectos metodológicos do inquérito domiciliar da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) quanto ao desenho e implementação da amostragem e da amostra efetivamente obtida, seus instrumentos e implementação do campo.
Estudo transversal de base populacional com amostra probabilística em três estágios da população residente nos domicílios localizados na zona urbana do Brasil. O trabalho de campo foi desenvolvido entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. O instrumento de coleta de dados incluiu questões relativas a: informações do domicílio, dos moradores e dos entrevistados; doenças crônicas e medicamentos utilizados; uso de serviços de saúde; doenças e eventos agudos tratados com medicamentos; uso de contraceptivos; uso de serviços de farmácia; comportamentos que podem afetar o uso de medicamentos; bulas e embalagens; estilo de vida e planos de saúde.
Foram realizadas 41.433 entrevistas em 20.404 domicílios e 576 conglomerados que correspondem a 586 setores censitários distribuídos nas cinco regiões do Brasil, segundo oito domínios definidos por grupos de idade e sexo.
Os resultados obtidos no inquérito podem ser utilizados como uma linha de base para futuros estudos que pretendam avaliar o impacto de ações governamentais nas áreas de acesso e de utilização de medicamentos. Para estudos locais que venham a usar um método compatível, a PNAUM pode servir como ponto de referência para avaliação de variações do espaço e da população. Com ampla avaliação dos aspectos relacionados aos medicamentos, a PNAUM é uma grande fonte de dados para as mais variadas análises, que podem ser conduzidas tanto no meio acadêmico como no âmbito governamental.
To evaluate the utilization of benzodiazepines (BZD) in Brazilian older adults, based on the Pesquisa Nacional de Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM - National ...Survey of Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines).
The PNAUM is a cross-sectional study conducted between 2013 and 2014, representing the Brazilian urban population. In the present study, we included 60 years or older (n = 9,019) individuals. We calculated the prevalence of BZD utilization in the 15 days prior to survey data collection according to independent variables, using a hierarchical Poisson regression model. A semistructured interview performed empirical data collection (household interview).
The prevalence of BZD utilization in the older adults was 9.3% (95%CI: 8.3-10.4). After adjustments, BZD utilization was associated with female sex (PR = 1.88; 95%CI: 1.52-2.32), depression (PR = 5.31; 95%CI: 4.41-6, 38), multimorbidity (PR = 1.44; 95%CI: 1.20-1.73), emergency room visit or hospitalization in the last 12 months (PR = 1.42; 95%CI: 1.18-1.70 ), polypharmacy (PR = 1.26; 95%CI: 1.01-1.57) and poor or very poor self-rated health (PR = 4.16; 95%CI: 2.10-8.22). Utilization was lower in the North region (PR = 0.18; 95%CI: 0.13-0.27) and in individuals who reported abusive alcohol consumption in the last month (PR = 0.42; 95%CI: 0.19-0.94).
Despite contraindications, results showed a high prevalence of BZD utilization in older adults, particularly in those with depression, and wide regional and sex differences.