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  • A bainha utilizada na insem...
    André Maciel Crespilho; Lorenzo Garrido Segabinazzi; Helton Nunes Pinto; Tiago Camargo; Cristiano Silva Ferreira; Igor Cavalheiro; Kleber da Cunha Peixoto Junior; Ronaldo Aoki Cerri

    Semina. Ciências agrárias : revista cultural e científica da Universidade Estadual de Londrina, 06/2020, Volume: 41, Issue: 5
    Journal Article

    Diversos fatores podem influenciar os resultados de concepção dos programas de inseminação artificial em tempo-fixo (IATF), como por exemplo a qualidade dos materiais utilizados para a inseminação artificial (IA). Nesse contexto, três experimentos foram conduzidos para testar o efeito da bainha sobre o percentual de retenção residual de sêmen nos aplicadores de IA e nas taxas de concepção de vacas submetidas à IATF. No Experimento 1 foram descongeladas 400 palhetas de sêmen bovino criopreservado, que foram re-envasadas para compor amostras com características de peso e volume semelhantes. Cada nova dose de sêmen (n=300) foi montada em um dos três modelos de bainhas de inseminação artificial em teste (n=100 doses de sêmen/ bainha): marca líder no mercado global (G1), modelo líder no mercado brasileiro (G2), modelo comercializado como de baixa taxa de retenção residual de sêmen (G3), para determinação do percentual de eliminação seminal (PES). No Experimento-2 foram selecionadas 464 vacas Nelore, sincronizadas através de implantes intravaginais de progesterona e inseminadas empregando as mesmas bainhas do experimento anterior, porém agrupadas em classes (convencional: G1 e G2 n = 225; ou baixo refluxo: G3 n = 239). No Experimento-3 859 vacas Nelore foram sincronizadas e inseminadas com sêmen previamente selecionado, utilizando os mesmos modelos de bainhas testadas nos experimentos anteriores. Após cada IATF as bainhas foram inspecionadas visualmente para detecção de presença residual de sêmen e o diagnóstico de gestação foi realizado a partir de 35 dias após a IATF (Experimentos 2 e 3). O PES foi de 91,7%, 90,6% e 96,5%, respectivamente para os grupos G1, G2 e G3 (P = 0,05). As taxas de concepção no Experimento-2 foram de 53,33% e 58,16%, respectivamente para o modelo convencional e de baixo refluxo (P > 0,05), porém havendo diferenças (P = 0,05) de acordo com o modelo da bainha empregada para a IA (57,72% 71/123, 48,04% 49/102 e 58,16% 139/239, respectivamente para os grupos G1, G2 e G3). Menor incidência de refluxo de sêmen (P < 0,05) foi observado para o modelo de baixa retenção residual de espermatozoides (0,72%), frente aos modelos líderes do mercado internacional (10,42%) e nacional (22,99%; Experimento-3). Conclui-se que ocorre retenção residual de sêmen, independente do modelo de bainha utilizada para a IA. No entanto, a PES é influenciada pelo modelo e qualidade da bainha utilizada para inseminação artificial, fator que pode comprometer os índices de concepção de vacas sincronizadas para IATF.