Psychosocial providers in medical settings are increasingly being asked to identify suicide risk in youth with medical illnesses. This pilot study aimed to determine the acceptability of suicide risk ...screening among youth with cancer and other serious illnesses and their parents.
Youth ages 8-21 years presenting to an outpatient medical setting were screened for suicide risk using a modified version of the Ask Suicide-Screening Questions (ASQ) screening tool. Patient and parent perceptions of acceptability were collected.
The sample included 32 patient/parent dyads. The overall positive screen rate was 9.4% (n = 3/32). Most patients (75%; n = 24/32) and parents (84.4%; n = 27/32) reported that medical settings should screen young patients for suicide risk.
Suicide risk screening was acceptable to most patients and parents in a pediatric clinic.
Medically ill patients are at risk for suicide. Universal suicide risk screening using a validated measure can provide meaningful clinical information to patients' families and providers and has the potential to save young lives.
Objetivo: Relatar a experiência no âmbito do SUS no Hospital de Amor de Barretos com o protocolo VIALE-A. Material e métodos: Avaliação retrospectiva de prontuário eletrônico dos pacientes ...cadastrados no sistema TASY. Resultados: Foram avaliados 7 pacientes, sendo três com Leucemia Mieloide Aguda (LMA) secundária à Síndrome Mielodisplásica (SMD) e quatro com LMA em pacientes inelegíveis à terapia Intensiva. Dos 7 pacientes, observamos complicações como: Síndrome de Lise Tumoral (n = 1), Neutropenia Febril (n = 6), toxicidade hematológica (n = 5) e óbito (n = 3). Quatro pacientes apresentaram remissão citomorfologica (RCM) e doença residual mínima (DRM) negativa após 2 ciclos (n = 1) e após 3 ciclos (n = 2), um paciente encontra-se em RCM e DRM positivo após 1°ciclo. Um dos pacientes realizou Transplante Alogênico de Medula Óssea por melhora do performance clínico, porém evoluindo a óbito por complicações. Em nossa prática clínica, mantemos dose reduzida de Venetoclax para aqueles pacientes em necessidade de profilaxia antifúngica com fluconazol; realizamos análise de mielograma e de DRM por citometria de fluxo após 28 dias do início do tratamento, reduzindo Azacitidina de 7 para 5 dias e Venetoclax de 28 para 14 dias nos pacientes com DRM negativa, para melhor tolerância e diminuição de efeitos adversos graves. Discussão: Os pacientes do Hospital de Amor de Barretos, sendo um serviço SUS, apresentam dificuldade de acesso a drogas não disponibilizadas por esse sistema. Apesar dessa dificuldade, em 14 meses, foram diagnosticados 25 pacientes com Leucemia Mieloide Aguda, dentre primárias e secundárias. Sete destes conseguiram iniciar protocolo com Azacitidina e Venetoclax, conforme indicação do estudo VIALE-A. Nossos pacientes apresentaram os principais efeitos adversos descritos no estudo, como anemia, trombocitopenia, neutropenia febril, sepse e óbito; apresentaram resposta da doença, também de acordo com a referência, dentro dos 3 primeiros meses do uso do protocolo. Conclusão: Apesar da pequena amostra de pacientes em nosso serviço utilizando Azacitidina e Venetoclax, nossa experiência mostra ser factível a utilização destes medicamentos em pacientes selecionados em serviço de saúde pública, com complicações e respostas não divergentes do estudo original.
Introdução: A Trombocitemia Essencial (TE), uma Neoplasia Mieloproliferativa Crônica (NMP) caracterizada pela proliferação clonal na medula óssea de megacariócitos com maturidade morfológica variável ...e eficiência hematopoiética, é causa de trombocitose em sangue periférico e manifesta-se com quadros trombóticos e/ou hemorrágicos. A evolução para leucemia aguda é um evento raro. Objetivo: Relatar caso de paciente portadora de TE com progressão para leucemia aguda. Relato: H.A.P.B, feminina, 59 anos, deu entrada em primeira consulta com diagnóstico estabelecido de TE JAK2 positiva desde 2020 baixo risco, assintomática, iniciou tratamento com Hidroxiureia (HU) e Ácido Acetil Salicílico (AAS) na ocasião devido plaquetose > 1.000.000/mm3. Três anos após, retornou em consulta por quadro de astenia, perda ponderal, febre, hipotensão e sudorese noturna. Realizado hemograma com severa anemia, leucocitose e presença de células jovens. Resultado de mielograma mostrou 76,0% de células blásticas (CD34+ HLA-DR+) com expressão de marcadores linfoides T (CD3 citoplasmático, CD7) e mieloides (CD13, CD33, CD117, MPO). Presença de expressão aberrante parcial de CD56.Iniciou quimioterapia de indução conforme protocolo institucional com Daunorrubicina e Citarabina. Após primeira indução, novo mielograma demonstrou persistência de 10,0% de células blásticas com os mesmos marcadores. Realizou quimioterapia de resgate com Fludarabina, Citarabina e Mitoxantrone, atingindo porcentagem inferior a 10% de blastos. Encaminhada para Transplante de Células Tronco Hematopoieticas Alogênico (aloTCTH), entretanto devido toxicidade cardíaca e pneumopatia decorrentes de segunda linha, os riscos do procedimento seriam superiores ao benefício. A paciente foi paliativada por não aptidão. Discussão: Os estudos demonstram que somente cerca de 1% dos pacientes portadores de TE progridem para uma leucose aguda em 7-10 anos. A presença da mutação JAK V617F não interfere na sobrevida ou no risco de progressão, porém alguns fatores de risco são relevantes: idade avançada > 60-65 anos, leucocitose >15-30 mil/mm3, blastos circulantes, anemia e/ou trombocitopenia com suporte transfusional são frequentemente um prenúncio de progressão leucêmica em NMP. O aloTCTH é a única opção de tratamento curativo, atualmente recomendado para todos os pacientes aptos para os quais um doador adequado está disponível. O prognóstico é desfavorável devido à idade e TE anterior, e a sobrevida em 5 anos é de apenas 10% dos casos. Conclusão: A progressão para Leucose aguda a partir de uma NMP é um evento bastante raro, e tem o aloTCTH, em pacientes aptos, como única alternativa que prolonga sobrevida, entretanto, com um valor lamentavelmente inadequado de 10% em 5 anos, o que destaca atual limitação desta terapia e traz a necessidade de novas alternativas diante destes casos.
Introdução: HCL é um raro distúrbio linfoproliferativo de células B maduras, em geral de curso indolente, que classicamente manifesta-se através da infiltração esplênica e da medula óssea. A ...apresentação clínica inclui esplenomegalia, citopenias, sangramentos e infecções. A invasão de SNC é descrita somente em outros seis casos na literatura e o manejo com inibidores de BRAF ainda é incerto. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com HCL recidivante infiltrando SNC, 19 anos após o diagnóstico.As informações obtidas através de revisão do prontuário, entrevista ao paciente, registro sistemático dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Relato: O.M.T, masculino, 61 anos, HCL refratária a 2 ciclos de cladribina (CDB) e esplenectomia, atingindo Remissão Clínica (RC) com Rituximab em monoterapia. Recidivado após 16 anos. Retornou no serviço com cefaleia esporádica e leucocitose expressiva (357.870/mm3 às custas de linfo/mononucleares). Constatado através de imunofenotipagem (IF) do sangue periférico presença de 96,5% de células compatíveis com HCL. Proposto novo tratamento com 6 ciclos de Rituximab. Em primeira infusão evolui com reação anafilática grave, necessidade de leito em UTI e evoluindo sem despertar após retirada de sedação. Realizados Tomografia e Ressonância de encéfalo cujas imagens detectaram presença de múltiplas lesões nodulares em parênquima cerebral com realce pós contraste. Coletado Líquido Cefalorraquidiano (LCR) com presença de células cabeludas, confirmando por IF, a infiltração liquórica pela doença de base. Diante disto, optado por pulsoterapia com metilprednisolona, mantida 2ªinfusão de Rituximabe semanal, uma sessão de leucocitaférese (LCA) e protocolo MADIT enquanto aguardava vemurafenib (inibidor de BRAF). Obteve queda de leucometria de 236.380/mm3 para 177.760/mm3 com LCA, um dia após o procedimento, porém, durante segunda infusão do Rituximab apresentou nova descompensação hemodinâmica atribuída a síndrome de lise tumoral, evoluindo com desfecho fatal após 4 horas. Discussão: HCL é uma neoplasia hematológica rara. Fatores de risco tais quais sexo masculino e apresentação na meia-idade são reconhecidos. Sua infiltração em SNC é uma entidade com apenas seis casos relatados em literatura. Apresentação clínica cursa com cefaleia, visão turva, linfocitose expressiva ou pancitopenia e meningite leucêmica. O uso de inibidores da mutação BRAF (vemurafenib) em baixas doses associadas a leucocitoaféreses seriadas (quando síndrome de leucostase associada) mostrou-se eficaz em apenas um dos casos na regressão total dos sintomas em sistema nervoso central em apenas um mês de terapia. Dada a sua ínfima incidência, as diretrizes terapêuticas e prognóstico permanecem obscuros acerca do tratamento ideal. Conclusão: HCL é uma doença linfoproliferativa de células B maduras com típicas projeções citoplasmáticas de incidência bastante incomum e curso geralmente indolente. A infiltração de SNC permanece como uma rara apresentação e as diretrizes para seu tratamento ainda são indefinidas. O presente relato objetiva contribuir, apesar do desfavorável desfecho, na documentação para o reconhecimento, manejo e possíveis direções de tratamento.
Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de linfoma esplênico difuso de pequenas células B da polpa vermelha, a partir de informações obtidas em revisão de prontuário e revisão de literatura. ...Relato de caso: K.S.M, masculino, 61 anos, diabético, iniciou acompanhamento com a equipe de Hematologia em setembro de 2021 com relato de diagnóstico externo de esteatohepatite não alcoólica no ano 2000 por aumento de transaminases. Em 2009 apresentou esplenomegalia em ultrassonografia de abdome de rotina e aumento progressivo em dois anos, avançando além da cicatriz umbilical em palpação abdominal, com surgimento conjunto de linfonodomegalias abdominais e pélvicas. Negado sintomas B. Evidenciado em hemograma linfocitose (4521/mm3) e trombocitopenia (86 k/mm3). Mielograma apresentando série branca hipercelular, com 56% de células linfoides algumas com projeções citoplasmáticase imunofenotipagem evidenciando 39,4% de células linfoides B, positivas para CD5, CD11c, CD19, CD20, CD79b, CD81, CD200 e negativas para CD3, CD4, CD8, CD10, CD23, CD25, CD38, CD43, CD56, CD103 e CD123. Realizada esplenectomia com anatomopatológico e imuno-histoquímica: proliferação de pequenos linfócitos infiltrando difusamente a polpa vermelha do baço e linfonodo periesplênico com positividade para CD20, BCL2, CD5, MNDA e negatividade para CD10, BCL6, CD23, LEF1, ciclina D1, anexina A1 e IgD. Paciente evoluiu bem, com ausência de sintomas constitucionais, mantendo seguimento clínico. Discussão: O linfoma esplênico difuso de pequenas células B de polpa vermelha é um linfoma primário de células B recém-reconhecido como entidade independente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2016. Ele mostra características clínicas sobrepostas com linfoma esplênico de zona marginal, incluindo esplenomegalia maciça, infiltração de baço, medula óssea e sangue periférico com sintomas B infrequentes. O diagnóstico é baseado principalmente no exame histopatológico, sendo facilitado por esplenectomia pela característica de infiltração difusa da polpa vermelha do baço. Informações sobre histologia, imunofenótipo, apresentação clínica e a resposta à terapia é ainda muito limitada. A esplenectomia é indicada como tratamento de primeira linha e os pacientes apresentam uma boa sobrevida global. Conclusão: Em resumo o linfoma esplênico difuso de pequenas células B de polpa vermelha é uma doença rara e o diagnóstico pode ser desafiador, mas um diagnóstico adequado é importante devido às diferenças no manejo do paciente e no desfecho clínico. Que este relato possa ser útil para novos estudos a fim de melhorar o entendimento acerca deste linfoma, reforçando o conceito de que ele é distinto dos outros e deve ser considerado no paciente com esplenomegalia significativa associado a linfocitose com imunofenotipagem não conclusiva.
Objetivo: Relatar um caso de pseudotumor cerebral associado ao uso de ácido all-trans retinóico (ATRA) em uma paciente com leucemia promielocítica aguda (LPA), a partir de informações obtidas em ...revisão de prontuário e revisão de literatura. Relato de caso: M.A.N, feminina, 29 anos, obesidade grau III (IMC 51,1) com quadro de fraqueza, tontura e surgimento de petéquias, sem outros sangramentos há aproximadamente 2 meses. Realizado hemograma evidenciando pancitopenia, optado por realização de mielograma e imunofenotipagem onde foram detectadas 66,7% de células blásticas (CD34- HLA-DR+) com expressão de marcadores mieloides (CD13, CD15, CD33, CD117, MPO) e biologia molecular positiva para t(15;17) PML::RARA. Iniciada terapia de indução com ATRA e trióxido de arsênico (ATO) conforme protocolo institucional. Após um mês, paciente iniciou quadro de turvação visual, cefaleia, náuseas e vômitos. Foi avaliada pela oftalmologia que evidenciou papiledema. Realizada ressonância magnética do encéfalo, das órbitas e angioressonância venosa com discreta proeminência das papilas ópticas bilateralmente, tortuosidade do nervo óptico esquerdo, glândula hipofisária com discreta redução da altura e seios venosos com calibres discretamente reduzidos difusamente. Realizada punção liquórica com pressão de abertura de 24 cm H2O com análise laboratorial normal. Feita a hipótese diagnóstica de pseudotumor cerebral, optado por suspensão da quimioterapia, iniciado acetazolamida e dexametasona. Paciente evoluiu com melhora total do quadro com retorno de tratamento em dose reduzida do ATRA (25 mg/m2) dezesseis dias após sua suspensão e seguimento ambulatorial. Atualmente PML::RARA negativo em quimioterapia de consolidação. Discussão: O ATRA é um metabólito do retinol e está envolvido na regulação de vários processos biológicos. Ele promove a maturação de células de pacientes com LPA, induz remissão completa em 64-100% dos pacientes. Porém alguns efeitos adversos da medicação têm sido relatados, incluindo a hipertensão intracraniana, predominantemente em pacientes pediátricos. O mecanismo de ação do ATRA na hipertensão intracraniana ainda é desconhecido, no entanto tem sido atribuído ao aumento da sensibilidade do sistema nervoso central à tretinoína. Observou-se que o uso de acetazolamida e suspensão temporária da quimioterapia foram benéficos no tratamento do quadro neurológico. A reintrodução do ATRA deve ser considerada após os sinais e sintomas melhorarem completamente. Conclusão: A apresentação da hipertensão intracraniana secundária ao uso de ATRA em pacientes com LPA merece consideração mesmo em adultos. Os estudos mostram também reversão do quadro neurológico com suspensão da droga e associação de diurético, além da possibilidade de retornar o tratamento após melhora do quadro.
Objetivo: Relatar um caso de paciente com Hipertensão Arterial Pulmonar secundária a dasatinibe. Relato de caso: N. C. G., 24 anos, feminino, sem antecedentes pessoais, com diagnóstico de Leucemia ...Mieloide Crônica (LMC) Fase Crônica em fevereiro de 2018. Paciente iniciou tratamento com imatinibe 400 mg/dia. Apresentou perda de resposta molecular em abril de 2019 e iniciou dasatinibe 100 mg/dia, atingindo resposta molecular maior em julho de 2019. No início de junho de 2023, a paciente procurou o serviço com queixa de dispneia e dessaturação. Após avaliação, diagnosticado derrame pleural de grande volume à direita, cardiomegalia e BNP de 1300 pg/mL. Realizada toracocentese, suspenso dasatinibe e encaminhada para acompanhamento com cardiologista. Ecocardiograma evidenciou insuficiência mitral e tricúspide de grau discreto, pressão sistólica do ventrículo direito (PSVD) de 78 mmHg, compatível com diagnóstico de hipertensão de artéria pulmonar (HAP) secundária ao dasatinibe. Após 8 dias sem a medicação, realizou novo ecocardiograma com redução do PSVD para 48 mmHg. No momento, paciente assintomática, com dasatinibe suspenso e mantém resposta molecular maior. Aguarda realização de cateterismo para avaliação de HAP e início de terapia específica se necessário. Discussão: A HAP é uma disfunção endotelial com consequente remodelamento das artérias pulmonares, levando ao aumento da resistência vascular e insuficiência ventricular direita. Estudos mostraram que o mecanismo da HAP secundário ao dasatinibe é multifatorial com disfunção das células pulmonares endoteliais, ativação de espécies reativas de oxigênio (ROS) mitocondrial e aumento de marcadores de lesão endotelial, como E-selectina. A HAP secundária ao dasatinibe é mais frequente em mulheres, 71% dos casos. A descontinuação da medicação resulta na melhora ou reversibilidade da HAP sem a necessidade de tratamento específico. O mecanismo do derrame pleural, secundário ao dasatinibe, está relacionado ao aumento da permeabilidade endotelial, sendo também dose dependente. Conclusão: O dasatinibe, um inibidor de tirosina quinase de segunda geração, pode apresentar efeitos colaterais relacionados a alterações endoteliais, como derrame pleural e HAP, como no presente caso, com melhora após descontinuação do medicamento.