A utilização de entrevistas na obtenção de evidências para uma pesquisa é uma das estratégias mais utilizadas quando da adoção da abordagem qualitativa. A entrevista permite compreender, a partir do ...olhar de um ou mais interlocutores, a realidade de um fenômeno estudado. Contudo, a tarefa de planejar e conduzir boas entrevistas não é fácil, embora o entendimento deste processo não seja tão complexo. Com base neste contexto, este comentário editorial visa promover uma discussão sobre o processo de planejamento, aplicação e análise de entrevistas em pesquisas qualitativas. O conteúdo aqui exposto direciona o leitor para o entendimento inicial da visão de mundo do pesquisador, bem como de seu posicionamento em relação ao fenômeno estudado. Na sequência são apresentados alguns questionamentos sobre a preparação dos protocolos, aplicação das entrevistas para obtenção das evidências e análise dos dados. Por fim, apresentamos um quadro preparatório que visa auxiliar na organização do processo de entrevistas.
Resumo: Desde 1963 que a farmacovigilância foi reconhecida como uma área prioritária na saúde pública a nível global pela Organização Mundial da Saúde, garantindo a monitorização permanente da ...segurança dos medicamentos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar as reações adversas a medicamentos recebidas pela Unidade de Farmacovigilância do Porto (UFPorto), Portugal, ao longo de duas décadas de atividade. Foram consideradas todas as notificações de suspeitas de reações adversas a medicamentos recebidas entre janeiro de 2001 e dezembro de 2019. Foram calculadas as taxas de notificação anuais, assim como a sua distribuição por origem, tipo de notificador e local de exercício da atividade, gravidade, conhecimento prévio e causalidade das reações adversas a medicamentos notificadas. No período em estudo, a UFPorto recebeu 9.711 notificações de suspeitas de reações adversas a medicamentos. As instituições hospitalares são aquelas que mais notificam (n = 6.003; 64%), assim como o médico entre os profissionais de saúde (n = 5.284; 54,4%). Os eventos adversos mais frequentemente reportados são graves (n = 6.275; 72%) e encontram-se descritos no respectivo Resumo das Características do Medicamento (n = 6.978; 72%). À maioria das notificações avaliadas pela UFPorto foi atribuído o grau de causalidade “provável” (n = 7.473; 77%), independentemente do tipo de notificador. Os resultados obtidos são concordantes com outros dados previamente reportados na literatura médica internacional e em relatórios oficiais nacionais. Contudo, continua-se a verificar taxas de subnotificação acentuadas, face ao esperado. Ao longo de aproximadamente 20 anos de atividade da UFPorto, tem-se verificado um aumento da sua atividade nas diversas vertentes da segurança do medicamento.
Resumen: Desde 1963 la farmacovigilancia fue reconocida por la Organización Mundial de la Salud, como un área prioritaria en la salud pública a nivel global, garantizando la monitorización permanente de la seguridad de los medicamentos. El objetivo de este trabajo fue caracterizar las reacciones adversas a medicamentos recibidas por la Unidad de Farmacovigilancia de Oporto (UFPorto), Portugal, a lo largo de dos décadas de actividad. Se consideraron todas las notificaciones de sospechas de reacciones adversas a medicamentos, recibidas entre enero de 2001 y diciembre de 2019. Se calcularon las tasas de notificación anuales, así como su distribución por origen, tipo de notificador y lugar de ejercicio de la actividad, gravedad, conocimiento previo y causalidad de las reacciones adversas a medicamentos notificadas. En el período de estudio, la UFPorto recibió 9.711 notificaciones de sospechas reacciones adversas a medicamentos. Las instituciones hospitalarias son quienes más notifican (n = 6.003; 64%), así como el médico entre los profesionales de salud (n = 5.284; 54,4%). Los eventos adversos más frecuentemente reportados son graves (n = 6.275; 72%) y se encuentran descritos en lo respectivo Resumen de las Características del Medicamento (n = 6 978; 72%). A la mayoría de las notificaciones evaluadas por la UFPorto se le atribuyó el grado de causalidad “probable” (n = 7.473; 77%), independientemente del tipo de notificador. Los resultados obtenidos son concordantes con otros datos previamente reportados en la literatura médica internacional y en informes oficiales nacionales. No obstante, se continúa verificando tasas de subregistro acentuadas, frente a lo esperado. A lo largo de aproximadamente 20 años de actividad de la UFPorto, se ha verificado un aumento de su actividad en las diversas vertientes de la seguridad del medicamento.
Abstract: Since 1963, the World Health Organization has acknowledged pharmacovigilance as a priority area in global public health, guaranteeing permanent monitoring of drug safety. This study aimed to characterize the reports of adverse drug reactions received by the Porto Pharmacovigilance Centre (UFPorto), Portugal, in the unit’s two decades of work. The analysis included all reports of suspected adverse drug reactions received from January 2001 to December 2019. We calculated the annual reporting rates and distribution by origin, type of notifier and place of work, severity, prior knowledge, and causality of the reported adverse drug reactions. During the study period, UFPorto received 9,711 notifications of suspected adverse drug reactions. Hospital institutions reported the most suspected adverse drug reactions (n = 6,003; 64%), as did physicians among healthcare workers (n = 5,284; 54.4%). The most frequently reported adverse events were severe (n = 6,275; 72%) and are described in the respective Summary of Product Characteristics (n = 6,978; 72%). Most of the reports received by UFPorto were evaluated as having “probable” causality (n = 7,473; 77%), independently of the type of notifier. The results are consistent with other data previously reported in the international medical literature and official national reports. However, the underreporting rates are still higher than expected. In approximately 20 years, UFPorto has experienced an increase in its activity in various areas of drug safety.
With the exponential increase in heterogeneous wireless networks today, there has been a growing interest from the academic community for issues related to handover problems. The main objective of ...this paper is to evaluate the quality of service and performance of a device with a dual interface that connects simultaneously to two heterogeneous networks with no competition in the exchange of packets between them. It is a proposal to solve the mitigation of handover impacts. The tool used for evaluation was the Network Simulator 2. The results showed a better use of the band in comparison to the scenario using a traditional mobile device.
Celotno besedilo
Dostopno za:
DOBA, IZUM, KILJ, NUK, PILJ, PNG, SAZU, SIK, UILJ, UKNU, UL, UM, UPUK
A gestão de projetos vem passando por profundas transformações ao longo dos últimos anos. Dentre estas mudanças, tem se observado uma maior permeabilidade a outras áreas do conhecimento. Isto é ...bastante saudável na medida em que permite que novas ou complementares abordagens em gestão de projetos possam ser incorporadas aos métodos tradicionais, ampliando assim as possibilidades de resultado de um projeto. Neste contexto, a tradicional visão de que os projetos devem ter preocupação com escopo, custo e prazo não parece responder completamente aos desafios atuais das organizações. A perspectiva tradicional vem sendo cada vez mais influenciada pelo aumento de práticas calcadas no valor gerado pelo projeto para o cliente.Neste contexto, praticantes e estudiosos sobre gestão de projetos vêm sendo desafiados a refletir sobre uma visão baseada nas técnicas e frameworks tradicionais, e aquelas técnicas e frameworks voltados ao foco do profissional de projetos na perspectiva do cliente. Um aspecto importante nesta discussão é a relevância de tratar da perspectiva de valor percebido pelo cliente do projeto. Esta visão pode ser evidenciada pela abordagem ágil materializada em práticas presentes no framework Scrum, Kanban, Lean Inception, entre outras, que se diferenciam da abordagem preditiva de gestão de projetos em relação ao tempo para entregar valor para o cliente. Assim, o cliente, muitas vezes distante durante o processo de gestão de projetos que adotam uma perspectiva preditiva, passa a determinar o que é relevante e valorizado durante a gestão de seu projeto, em uma perspectiva iterativa e colaborativa.Em suma, o desafio de entregar valor de forma iterativa consiste em adaptar as práticas gerencias orientadas ao planejamento, fortemente sustentadas pelo escopo fixo e prazo, para uma visão orientada ao valor do negócio do cliente, onde o escopo é estimado em ciclo de iterações.Então, há uma tendência para a proposta de valor em projetos na perspectiva do cliente. A proposta de valor entregue ao cliente de projetos a cada iteração, e não ao final do projeto. As iterações estarão centradas na experiência do cliente, não em uma entrega única e final. Esta mudança tem sido observada como ideal para projetos inseridos neste contexto de negócios cada vez mais dinâmico. Isto se deve também muito em função da crescente incerteza que demanda por respostas mais rápidas das organizações, das amplas mudanças nos seus ambientes internos e na transformação digital.Nesta nova perspectiva, conceitos relacionados ao valor na visão do cliente emergem de maneira a representar uma orientação que parece estar cada vez mais presente nas organizações. A “jornada do cliente”, a “experiência do cliente” de projetos, os aspectos “comportamentais” na gestão de projetos, a “co-criação de valor”, o “Discovery” e o “Delivery” do que traz valor ao projeto, o “foco na solução evolucionária do produto” e não no projeto, são sinais de uma mudança profundas na gestão de projetos.Com base no que foi supracitado, este editorial convida pesquisadores e praticantes de gestão de projetos a refletir sobre as mudanças na abordagem e gestão de projetos. A mudança aqui apontada tem como foco no valor desde a fase de ideação, durante o ciclo de desenvolvimento (iterações), e após a entrega final do projeto (incrementos e atualizações). A discussão aqui apresentada visa fomentar pesquisas que tratem uma realidade em que as iterações devem contemplar a participação dos principais stakeholders do projeto e, sobretudo, que o cliente do projeto esteja presente para dar seu olhar sobre a entrega de valor a cada etapa. O cliente neste contexto também tem o papel de co-criador de valor.Nas oportunidades de iteração, e como ações resultantes dela, o valor da entrega feita em cada etapa deve ser mensurado na perspectiva do cliente do projeto, no seu papel de usuário final do produto desenvolvido. Isto deve ser ainda capitalizado pela empresa baseada em projetos, ou equipe da empresa que usa projetos para gestão, como elemento de promoção do projeto, da empresa desenvolvedora do projeto ou equipe de projetos, no relacionamento com stakeholders, ou ainda na valorização da marca da empresa. Os aspectos aqui levantados podem ser suportados pelos pressupostos do Marketing, o que contribui para uma discussão sobre um melhor entendimento dos clientes.Um exemplo que pode ser apontado é o de uma empresa que inicia o processo de desenvolvimento de um aplicativo para clientes de um banco. O valor proposto por esse aplicativo deve ser planejado a partir da necessidade do cliente desde o início, que irá, então, guiar a entrega e acompanhamento a cada iteração, levando a eventuais correções de rumo. Esta abordagem é coerente com as diversas ferramentas ágeis alinhadas à processos de ideação, como a co-criação de valor ou o Design Thinking. Entretanto, infelizmente a percepção de valor a cada iteração não é prática recorrente nos projetos.Ações de comunicação, poderiam explorar justamente este aspecto, criando valor também para a empresa desenvolvedora do projeto, para ganhos de imagem, ou fortalecimento da equipe. Um projeto mais complexo, de construção de obras de grande porte, por exemplo, pode divulgar em uma campanha de comunicação a qualidade dos materiais e respeito à sociedade e a natureza, como valor percebido por clientes-usuários em uma iteração a respeito da entrega das fundações da obra, e melhorar sua imagem de marca. Esta campanha de comunicação durante as etapas de interação e validação do valor percebido pelo cliente do projeto podem beneficiar ambas as partes antes da entrega final do produto do projeto. O cliente é beneficiado ao referendar o valor entregue na iteração, e a empresa ou equipe de projetos, se beneficia ao explorar para sua imagem o valor criado.Os desafios de implementação são grandes, mas os benefícios para o projeto e para a relação com os clientes dos projetos são igualmente relevantes (Ma’arif, Yusnorizam, Hafifi Yusof Mohd Satar, 2018). Neste sentido, a função do Product Owner (PO) vem ganhando importância nos projetos ágeis, tanto como fator crítico de sucesso (Sverrisdottir, Ingason Jonasson, 2014), dada sua interação constante e seu papel de comunicação, entre outros, na gestão de projetos, quanto particularmente na busca por escalar projetos ágeis.Tanto as pessoas com a visão de negócios quanto gestores de projeto devem compartilhar responsabilidades no contato e interação com os clientes de projeto. Está preocupação com o cliente de projeto está no cerne das funções e papéis das pessoas de negócios (Business Owner), dentre elas priorizar atividades, gerenciar backlogs, gerenciar calendários, arquitetura de projeto, governança do projeto, comunicação, ir aos clientes de projeto, apoio técnico aos clientes, motivação da equipe, negociar conflitos, entre outras funções intimamente relacionada à entrega de valor ao cliente (Remta, Doležel Buchalcevová, 2020). Neste mesma linha, novas iniciativas para a gestão de projetos ganharam impulso ainda com os conceitos de UX (User Experience, ou experiência do usuário), e CX (Customer Experience, ou experiência do consumidor). Estes conceitos são centrados no cliente de projetos. Usualmente a área de projetos estava mais focada no projeto, o que podemos dizer que não basta mais para garantir sucesso do projeto (Ximenes, Alves, Araújo 2015). É preciso repensar o que significa entregar um projeto que satisfaça um cliente. Aspectos relacionados a satisfação estão ligados a incrementos e evoluções que são entregues a cada iteração.Portanto, cada vez mais as organizações reconhecem que as receitas, e a base de clientes, aumentam quando se considera a experiência do cliente com o projeto (Nasiri Sadler, 2018). A reflexão que enseja pensar na experiência do cliente/usuário do projeto apresenta uma alteração significativa na gestão de projetos, tradicionalmente focada no triângulo de ferro. Assim, o olhar passou do projeto para o seu beneficiário. Esta alteração vem requerendo dos gerentes de projeto e demais envolvidos, não apenas uma mudança de foco de trabalho, mas uma mudança de cultura e de habilidades técnicas demandas para conduzir este processo de mudança de perspectiva (Mahmoud-Jouini, Midler Silberzahn, 2016).A participação do cliente do projeto se torna mais ativa e corresponsável no desenvolvimento de projetos com a abordagem que contemplam UX/CX. Elementos que garantem a satisfação do cliente estão agora centrados numa percepção de valor que é fundamentalmente uma perspectiva que o outro atribui, ou seja, não é determinada pela empresa, mas a guia nas suas ações. A co-criação de valor e valor na perspectiva do cliente vem se tornando aspectos centrais na condução de projetos desde sua concepção. O ato de servir vem se tornando parte do modo de pensar o projeto porque é para o cliente que ele existe (Fuentes Smyth, 2016). Esta reformulação do pensamento de gestão de projetos vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos como parte da abertura da área de projetos a novas áreas do conhecimento (Cova Salle, 2005; Obradović, Kostić Mitrović, 2016; Turner, Lecoeuvre, Sankaran Er, 2018).Esta abertura depende ainda do modo de pensar dos envolvidos na gestão de projetos, que durante muitos anos adotou a perspectiva de gestão tradicional de projetos. De outro modo, a perspectiva de valor ao cliente se desenvolveu de maneira separada, se distanciando das práticas convencionais de gestão de projetos. Assim, na perspectiva orientada à gestão de projetos de forma predidtiva era reduzida a aproximação do cliente durante a gestão. A mudança aqui observada traz um novo mindset centrado no cliente onde há uma aproximação cada vez maior do cliente com os envolvidos no projeto. O entendimento dos envolvidos na gestão de projetos é que o cliente é relevante. Por outro lado, conforme salientam Bizarrias, Silva, Penha e Russo (2020), o modo de pensar gestão de projetos ainda privilegia, nos indivíduos, o projeto e n
Escalando as práticas ágeis Penha, Renato; Silva, Luciano Ferreira da; Russo, Rosária De Fátima Segger Macri
Revista de Gestão e Projetos,
09/2020, Letnik:
11, Številka:
2
Journal Article
Recenzirano
Odprti dostop
A aplicação de práticas ágeis é um desafio para muitas organizações. Mas isso torna-se insuficiente para que toda a organização possa ter a agilidade esperada em todos os seus projetos, aumentando ...enormemente o grau desse desafio. A existência de diversas práticas e frameworks como Safe, Scrum of Scrum, entre outros, podem trazer dúvidas sobre de que forma e momento essa transformação deverá ocorrer, além de não existir um consenso para isso. Além disso, não basta escolher o método mais apropriado para obterem resultados melhores na adoção do ágil escalado, pois independente do framework escolhido, as organizações precisarão promover mudanças em sua cultura e outros processos gerenciais. Em relação à cultura organizacional, elas deverão se aproximar e empoderar seus stakeholders, evitando a concorrência de seus projetos e passando a priorizar as entregar de maior valor aos seus negócios. Em relação aos processos gerenciais, precisará aumentar o suporte aos times, a compartilhar os resultados e possuir pessoas engajadas que disseminem as práticas ágeis por todos os níveis. Internamente, as organizações precisarão revisar suas práticas ágeis, com nossa recomendação de resolver todos os seus problemas atuais, antes de exponenciá-los por meio do ágil escalado. Neste contexto, este comentário editorial visa contribuir com a discussão sobre como escalar as práticas ágeis.
Background
Since the breakthrough of the pandemic, several drugs have been used to treat COVID‐19 patients. This review aims to gather information on adverse events (AE) related to most drugs used in ...this context.
Methods
We performed a literature search to find articles that contained information about AE in COVID‐19 patients. We analysed and reviewed the most relevant studies in the Medline (via PubMed), Scopus and Web of Science. The most frequent AE identified were grouped in our qualitative analysis by System Organ Class (SOC), the highest level of the MedDRA medical terminology for each of the drugs studied.
Results
The most frequent SOCs among the included drugs are investigations (n = 7 drugs); skin and subcutaneous tissue disorders (n = 5 drugs); and nervous system disorders, infections and infestations, gastrointestinal disorders, hepatobiliary disorders, and metabolism and nutrition disorders (n = 4 drugs). Other SOCs also emerged, such as general disorders and administration site conditions, renal and urinary disorders, vascular disorders and cardiac disorders (n = 3 drugs). Less frequent SOC were eye disorders, respiratory, thoracic and mediastinal disorders, musculoskeletal and connective tissue disorders, and immune system disorders (n = 2 drugs). Psychiatric disorders, and injury, poisoning and procedural complications were also reported (n = 1 drug).
Conclusions
Some SOCs seem to be more frequent than others among the COVID‐19 drugs included, although neither of the studies included reported causality analysis. For that purpose, further clinical studies with robust methodologies, as randomised controlled trials, should be designed and performed.
A produção de alimentos é uma das atividades mais nobres do mundo. Nem sempre tivemos a exploração dos solos de forma tão harmônica com o meio ambiente. Graças as pesquisas e a busca constante de um ...sistema produtivo de menor degradação surgiu o sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH). Este método deriva do plantio direto de culturas anuais e tem os mesmos conceitos de equilíbrio químico, físico e biológico do solo. A fertilidade natural, ou induzida por materiais orgânicos, apresenta disponibilidades de nutrientes que podem reduzir gradativamente a dependência de insumos químicos. Objetiva-se, com este trabalho, discutir o surgimento, desenvolvimento e efetivação do SPDH em Goiás dando ênfase a dinâmica do sistema (que já ocupa 50% das áreas do tomateiro industrial), sua capacidade produtiva, parâmetros gerais e exigências no cerrado goiano. Discute-se as melhores formas de manejo da cobertura e evidencia-se falhas do sistema em relação as rotações. Apesar de efetivarem o transplantio direto das mudas do tomateiro na palha de soja muitos produtores ainda não conseguem se libertar dos adubos químicos. A falta de adubação verde e rotações corretas são os maiores gargalos. Os SPDH acumulam enormes vantagens na redução de irrigação, gasto de energia, perdas de solos e nutrientes, sem falar da praticidade já conhecida em cultivos diretos anuais (soja e milho).