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  • Ermelinda Lúcia Atanásio Mapasse

    Calidoscópio (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil), 10/2017, Letnik: 15, Številka: 2
    Journal Article

    A partir de pressupostos sociolinguísticos, sobre questões que envolvem variação linguística com implicações diretas no ensino- -aprendizagem da língua, o artigo enquadra-se na linha de pesquisa sobre linguagem e práticas sociais. O objetivo é analisar as atitudes linguísticas que os professores de português, com o nível superior de escolaridade, fazem/têm em relação à norma que eles e os seus alunos usam. Quanto ao suporte teórico, a pesquisa toma como referência a distinção dos conceitos de norma culta e norma-padrão; o conceito de norma sociolinguística que permite a sistematização não só do comportamento linguístico, mas também da avaliação social desse comportamento e da convergência de processos de mudança linguística. Do ponto de vista metodológico, foi utilizado como instrumento de recolha de dados um questionário elaborado com base em três categorias: usos do português; aceitação do português; avaliação do grau de competência dos informantes e dos seus estudantes. Os resultados sobre os usos do português revelam diferenças entre o português europeu e o moçambicano, mas que estas manifestam-se mais ao nível semântico e fonológico do que ao nível sintático e morfossintático. Quanto à aceitação do português, a avaliação é positiva, pois concordam com a necessidade de adaptação do português europeu ao contexto moçambicano, através da inclusão, no ensino, das estruturas já consolidadas na fala. Em relação à competência linguística, os informantes avaliam a sua competência como sendo excelente e a dos seus alunos muito fraca, deixando transparecer que competência linguística se limita apenas ao domínio de estruturas gramaticais e não ao desenvolvimento simultâneo de capacidades discursiva, sociolinguística e estratégica no uso da língua.Palavras-chave: norma linguística, variação linguística, avaliação social.