Este artigo pretende analisar as ideias em torno da criação de um modelo de Ministério da Agricultura implantado nos últimos anos do século XIX na Argentina e no primeiro quartel do século XX no Brasil. Esses ministérios dão-nos os grandes planos das políticas voltadas para a adoção de uma agricultura científica em ambos os países. O trabalho levanta questões relativas aos avanços da ciência agronômica e à sua interação com uma crescente intervenção estatal na agricultura. Ele centra a sua análise principalmente nos contrastes e nas semelhanças com outros países produtores e nas consequências da circulação de saberes e tecnologias nesses espaços. Traça, igualmente, um perfil do crescimento da produção açucareira como um fator decisivo para as novas demandas dos produtores de açúcar por instituições de ensino e pesquisa nesses espaços ligados ao açúcar. O presente trabalho constitui uma primeira aproximação com o processo de constituição e funcionamento de uma rede de técnicos com base em fontes argentinas e brasileiras, como os boletins e folhetos técnicos.