Ultimamente, temos testemunhado um grande aumento no apoio aos partidos de
extrema-direita na Europa, o que parece em contradição com a agenda inclusiva proposta
pela União Europeia desde 1948, que ...deveria levar a que expressões abertas de preconceito
fossem mal vistas. Contudo, a sensação de incerteza advinda tanto do fluxo migratório como
do discurso de certos líderes pode gerar perceção de ameaça dirigida a imigrantes o que,
segundo a literatura, está diretamente ligada a preconceito contra os mesmos.
Adicionalmente, estudos interculturais mostraram (embora com algumas limitações
metodológicas) a existência duma associação entre a taxa de estrangeiros e atitudes negativas
face a eles.
Tendo isto em consideração, dois estudos foram realizados para testar o efeito da
heterogeneidade do contexto no apoio a um líder pró- ou anti-imigrantes (no Estudo 1, N =
109) ou ainda a um líder incerto adicional no Estudo 2 (N = 136). Encontrámos uma
preferência clara pelo apoio ao líder pró-imigrantes, seguido pelo líder incerto e, finalmente,
pelo líder anti-imigrantes, tanto em termos de perceção de legitimidade do líder e da ameaça
que o o próprio líder coloca à sociedade. A perceção de ameaça do líder evidenciou-se como
um fator influenciador da associação entre ameaça percebida dirigida a imigrantes e o apoio
ao líder, para líderes pro-imigrantes e incertos (embora sejam processos inversos entre si).
Quanto ao líder anti-imigrantes, foi a perceção da sua legitimidade que emergiu como
mediador desta associação. Adicionalmente, os resultados evidenciam que, enquanto as
atitudes face a imigrantes são influenciadas pela posição do líder, as atitudes face à
diversidade da sociedade foram influenciadas pela heterogeneidade do contexto. O impacto
do contexto no apoio a estes líderes foi inconsistente entre os estudos.
To analyze and compare COVID-19 patient characteristics, clinical management and outcomes between the peak and plateau periods of the first pandemic wave in Portugal.
This was a multicentric ...ambispective cohort study including consecutive severe COVID-19 patients between March and August 2020 from 16 Portuguese intensive care units. The peak and plateau periods, respectively, weeks 10 - 16 and 17 - 34, were defined.
Five hundred forty-one adult patients with a median age of 65 57 - 74 years, mostly male (71.2%), were included. There were no significant differences in median age (p = 0.3), Simplified Acute Physiology Score II (40 versus 39; p = 0.8), partial arterial oxygen pressure/fraction of inspired oxygen ratio (139 versus 136; p = 0.6), antibiotic therapy (57% versus 64%; p = 0.2) at admission, or 28-day mortality (24.4% versus 22.8%; p = 0.7) between the peak and plateau periods. During the peak period, patients had fewer comorbidities (1 0 - 3 versus 2 0 - 5; p = 0.002) and presented a higher use of vasopressors (47% versus 36%; p < 0.001) and invasive mechanical ventilation (58.1 versus 49.2%; p < 0.001) at admission, prone positioning (45% versus 36%; p = 0.04), and hydroxychloroquine (59% versus 10%; p < 0.001) and lopinavir/ritonavir (41% versus 10%; p < 0.001) prescriptions. However, a greater use of high-flow nasal cannulas (5% versus 16%, p < 0.001) on admission, remdesivir (0.3% versus 15%; p < 0.001) and corticosteroid (29% versus 52%, p < 0.001) therapy, and a shorter ICU length of stay (12 days versus 8, p < 0.001) were observed during the plateau.
There were significant changes in patient comorbidities, intensive care unit therapies and length of stay between the peak and plateau periods of the first COVID-19 wave.
