Abstract Since homocysteine (Hcy) is a risk factor for cardiovascular disease and vitamin D deficiency can contribute to cardiovascular pathologies, in the present study we tested the hypothesis that ...Hcy could impair energy metabolism, mitochondrial function and redox status in heart slices of Wistar rats and that 1,25-dihydroxivitamin D3 (calcitriol) treatment could prevent such effects. Heart slices were first pretreated with three different concentrations of calcitriol (50 nM, 100 nM and 250 nM) for 30 min at 37 °C, after which Hcy was added to promote deleterious effects on metabolism. After 1 h of incubation, the samples were washed, homogenized and stored at −80 °C prior to analysis. The results showed that Hcy caused changes in energy metabolism (respiratory chain enzymes), mitochondrial function, and cell viability. Hcy also induced oxidative stress, increasing lipid peroxidation, reactive oxygen species (ROS) generation, and protein damage. An imbalance in antioxidant enzymes was also observed. Calcitriol (50 nM) reverted the effect of Hcy on the parameters tested, except for the immunocontent of catalase (CAT). Both treatments (calcitriol and Hcy) did not alter the vitamin D receptor (VDR) immunocontent, which combined with the fact that our ex vivo model is acute, suggested that the beneficial effect of calcitriol occurs directly through antioxidative mechanisms and not via gene expression. In this study, we show that Hcy impairs mitochondrial function and induces changes in the redox status in heart slices, which were reverted by calcitriol. These findings suggest that calcitriol may be a preventive/therapeutic strategy for complications caused by Hcy.
Introdução: A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é o câncer infantil mais comum e tem alta taxa de sobrevida quando adequadamente tratada. O protocolo Berlin-Frankfurt-Münster Acute Lymphoblastic ...Leukaemia (BFM ALL) tem sido amplamente utilizado para tratar a LLA em crianças, visando altas taxas de remissão e minimização de efeitos adversos. Tais pacientes possuem demandas específicas em termos de seleção de medicamentos e doses, respostas farmacocinéticas e farmacodinâmicas, bem como prevenção de toxicidade a curto e longo prazo, sendo importante adotar estratégias capazes monitorar efeitos adversos. O Symptom Screening in Pediatrics Tool (SSPedi) é um questionário validado em pacientes pediátricos oncológicos, composto por 15 sintomas classificados conforme o grau de incômodo, que pode ser utilizada para triar possíveis reações adversas e auxiliar no manejo adequado da farmacoterapia. Diante disso, o presente trabalho objetivou identificar as queixas mais prevalentes, por meio do SSPedi, entre pacientes pediátricos tratados com o protocolo BFM ALL 2009. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido em um serviço oncologia pediátrica, que incluiu pacientes de 2 a 18 anos em tratamento para leucemias. Foi ofertado um serviço de acompanhamento farmacoterapêutico e em todas as consultas farmacêuticas, os pacientes – preferencialmente sem a ajuda de seus cuidadores – responderam ao questionário SSPedi. Resultados: Foram incluídos 31 pacientes, 55% do sexo feminino, com média de idade de 6,6 anos. Desses, 81% com diagnóstico de LLA de células precursoras B. Foram respondidos 62 questionários, sendo 3% (2) na fase de indução, 10% (6) na intensificação precoce, 27% (17) na consolidação, 26% (16) na reindução e 34% (21) na manutenção que é a fase mais duradoura do protocolo. Em 79% (49) dos questionários respondidos, identificou-se pelo menos uma queixa que incomodou muito ou extremamente o paciente. Ao todo, 428 queixas foram contabilizadas, sendo 3% (14) na fase de indução, 8% (36) na intensificação precoce, 28% (121) na consolidação, 29% (122) na reindução e 30% (127) na manutenção. A queixa mais frequente foi “sentindo-me mal-humorado (sem vontade de sorrir) ou raiva” (10,4%; 47), mais prevalentes nas fases de reindução e manutenção. Já “mudanças na aparência (no visual) do seu corpo ou rosto” foi a segunda mais frequente (9,8%; 44) sendo mais prevalente na fase de reindução. A queixa relacionada às alterações no apetite, “sentindo mais ou menos fome do que você geralmente sente” foi a terceira mais relatada (7,6%, 34), sendo mais prevalente também na fase de reindução. Discussão: Durante a fase de reindução que inclui altas doses de corticoesteroides, queixas relacionadas ao apetite e humor foram comuns. Ressalta-se ainda o impacto do tratamento na percepção que o paciente tem de si mesmo. Alopecia, edemas e flutuações consideráveis do peso afetam a autoimagem e geram incômodo ao paciente. O adequado manejo desses fatores é importante pois podem comprometer a adesão ao tratamento e a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento farmacoterapêutico pode não apenas auxiliar na identificação dessas situações, mas também propor intervenções que contribuam com a otimização da terapia. Conclusão: A utilização de ferramentas para identificar queixas relevantes do paciente, a partir de seu relato, é essencial para o gerenciamento de reações adversas e intervenções mais individualizadas, resultando em melhores resultados do tratamento.
Objetivos: Analisar e descrever o perfil clínico-epidemiológico dos quadros de anemias carenciais na população pediátrica acreana entre 2011 a 2020. Materiais e métodos: Estudo de série temporal, de ...base populacional utilizando-se dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) entre 2011 e 2020, referentes ao número de internações, com ênfase na idade de 0 a 19 anos, disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), tabulados com auxílio do programa Excel. Resultados: Na população etária de 0 a 19 anos do Acre, a prevalência se dá no sexo masculino, sendo esse um padrão que se repete em outros estados da região Norte (Amapá, Amazonas, Rondônia e Tocantins). Já em relação à cor/raça, identifica-se no Acre prevalência na população parda, seguida da população indígena, amarela e branca. Quanto ao perfil clínico, cerca de 62,84% são anemias carenciais, o que se encontra acima da média nacional; a morbidade hospitalar no estado, contudo, tem incidência maior entre outras anemias (como a falciforme). Discussão: Presença da anemia torna-se um problema de saúde pública, dado que, no Brasil, é uma das principais deficiências nutricionais na infância e adolescência, com a prevalência da anemia por deficiência de ferro (ADF), relacionada à desnutrição, além de outros fatores como sangramento gastrointestinal, maior demanda por micronutrientes, diminuição da absorção dos nutrientes envolvida com as parasitoses. Esse último fator, apresenta uma importância na Região Norte, em que há uma prevalência de parasitoses de 98,11%, vinculado, principalmente, à falta de saneamento básico e práticas inadequadas de higiene e alimentação presentes nessa região do país. Isso, estende-se para as vulnerabilidades sociais, econômicas e culturais encontradas nas populações parda e indígena, mesmo que ainda possa haver subnotificações. A discreta diferença da anemia entre os sexos segue o padrão de outros estudos na população pediátrica, embora já evidenciado a associação da deficiência de ferro em pré-escolares da Amazônia Ocidental brasileira com o sexo masculino, incluindo possíveis fatores como a maior atividade da eritropoiese na vida fetal, as reservas e absorção de ferro reduzidas e maiores perdas intestinais. O fato das anemias nutricionais, frequentemente, serem assintomáticas ou com sintomas inespecíficos, dificulta o rastreio e diagnóstico precoce na população pediátrica, principalmente, em estados que apresentam menor desenvolvimento. Conclusão: na região Norte, destaca-se a anemia nutricional, com prevalência de deficiência de ferro associada à presença marcante de parasitoses intestinais em crianças e adolescentes. Essa situação destaca a necessidade de discutir as condições de saneamento básico e assistência socioeconômica na região, especialmente em estados como o Acre. É essencial compreender as diferentes situações dentro da região para desenvolver políticas públicas para combater e prevenir a anemia na população pediátrica.
O Grupo GSH, para garantir o cumprimento de sua missão: “Prover Soluções em Hemoterapia com Excelência, Segurança e Inovação”, adotou como estratégia a aquisição do Selo COVID FREE por meio da ...implantação e adequação de práticas preventivas para o enfrentamento do Coronavírus. O Grupo encontra-se atualmente em 16 Estados, com 06 Centros de Produção certificados com o Selo COVID FREE e mais de 120 Agências Transfusionais que prestam assistência hemoterápica para mais de 240 hospitais e clínicas. Diante do crescimento do Grupo, entende-se que a Equipe de Qualidade é de suma importância à medida que oferece suporte contínuo durante o processo de certificação e manutenção das diretrizes e boas práticas de gerenciamento de riscos e gestão.
O principal objetivo deste artigo é demonstrar quantitativamente e qualitativamente os benefícios da implantação e acompanhamento das boas práticas preventivas para o enfrentamento do Coronavírus pela Certificação COVID FREE.
Para desenvolvimento deste artigo, utilizamos dados coletados da plataforma BE SOLUTIONS-COVID FREE, Sistema de Gestão da Qualidade AS – Strategic Adviser, treinamentos, Pesquisa de Cultura de Segurança/Clima Organizacional e Auditorias Internas realizadas pela equipe da Qualidade.
Após implantação da Certificação COVID FREE nos Centros de Produção, foi evidenciado mesmo durante os períodos mais críticos da Pandemia COVID-19 a manutenção dos níveis de satisfação dos doadores com média de 98, 33% e em relação aos pacientes a média foi de 99,72%. É importante ressaltar que para avaliar a satisfação dos colaboradores foi realizada uma Pesquisa de Cultura de Segurança/Clima Organizacional com média de satisfação de 93%.
No segundo semestre de 2021 foi iniciado o processo de implantação e adequação das boas práticas de segurança para o enfrentamento do Coronavírus nos Centros de Produção do Grupo GSH, conforme os padrões estabelecidos no Manual de Certificação COVID FREE. Durante a implantação seguimos as seguintes etapas: 1. Diagnóstico: Autoavaliação das unidades. 2. Implantação: Sensibilização dos colaboradores e adequação das práticas de segurança através do distanciamento físico, higienização e limpeza, utilização de equipamentos de proteção, monitoramento de saúde física e mental dos colaboradores, elaboração de informativos específicos de prevenção e controle, treinamentos, fortalecimento da comunicação efetiva elaboração de planos de contingência, dentre outros. Posteriormente foi realizado o upload das evidências, conforme requisitos do manual na Plataforma IBES Digital. 3. Certificação: Os avaliadores validaram as evidências, por meio da análise de documentos, entrevistas e fotos. Após avaliação emitiram o certificado aos Centros de Produção contemplados no escopo da Certificação.
A implantação da Certificação foi de grande valia para o Grupo GSH, pois auxiliou na manutenção de um ambiente seguro conferindo credibilidade em relação as boas práticas de segurança na produção, operação e atendimento aos clientes. É importante salientar que o suporte da Equipe da Qualidade foi fundamental na disseminação e acompanhamento das diretrizes estabelecidas pela Certificação.
A leucemia linfocítica crônica (LLC) é uma doença linfoproliferativa crônica que se apresenta na maioria das vezes com linfocitose, associado ou não à linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia, anemia e ...trombocitopenia. A ascite é rara em pacientes com LLC, sendo mais comum em casos de transformação para Richter. Apresentamos um caso de um paciente do sexo masculino, 70 anos, diagnosticado com leucemia linfocítica crônica em junho de 2021. Na ocasião, apresentava anemia, leucocitose, esplenomegalia volumosa e múltiplas linfonodomegalias axilares e mediastinais. Apresentava ainda ascite volumosa com história prévia de hepatopatia crônica sem definição de etiologia, a princípio com suspeita de etiologia etanólica. Submetido à investigação de hepatites virais e autoimunes, negativas. Não apresentava consumo alcóolico que justificasse a cirrose. Necessitou de diversas paracenteses de alívio com recoleção rápida. Dado este fato, foi submetido à imunofenotipagem de líquido ascítico que, apesar de celularidade baixa, teve achado de 84,1% de linfócitos com expressão de CD5+, CD19++, CD23-/+, CD45+, CD81+, CD200++; negativos para CD10, CD20, CD38, CD43, CD79a, FMC7; avaliação de imunoglobulinas de cadeias leves Kappa e Lambda foi inconclusiva, porém compatível com LLC. Seu estádio inicial era RAI/BINET: IIC com anemia grave que desencadeou início de tratamento com Clorambucil. Com a introdução do tratamento, houve melhora da ascite mas paciente manteve anemia grave sendo estão trocado esquema de quimioterapia para CVP (ciclofosfamida, vincristina e prednisona).
RESUMOOs problemas relacionados ao armazenamento vesical são muitos e relevantes. Eles, além de influírem de forma efetiva na qualidade de vida, podem eventualmente evoluir para falência renal. ...Existem vários trabalhos, os quais descrevem as propriedades imunomoduladoras e imunossupressoras das células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo (ADSCs). Objetiva-se com o presente avaliar clínica, ecográfica e anatomofisiologicamente o alotransplante parcial de bexiga a fresco em coelhos, utilizando como agente imunomodulador ADSCs alogênicas. Para isso foram utilizados 25 coelhos, sendo um deles macho e doador das ADSCs, e os outros 24 eram fêmeas, submetidas a alotransplante parcial de bexiga, sendo tratadas com ciclosporina (GCi) ou células-tronco mesenquimais (GCe). Conclui-se que as ADSCs foram suficientes para evitar sinais clínicos e ecográficos de rejeição ao alotransplante de vesícula urinária, mantendo a estrutura anatomofisiológica vesical por até 30 dias em coelhos.
Introdução: A Neoplasia Mielodisplásica (SMD) compreende a um grupo heterogêneo de doenças clonais das células pluripotentes hematopoiéticas, caracterizada por displasias na medula óssea (MO), ...citopenias no sangue periférico (SP) e um risco de evolução para leucemia mieloide aguda (LMA). A SMD acomete principalmente pacientes idosos e sua incidência vem aumentando com o envelhecimento da população. A SMD é uma doença de curso clínico heterogêneo e de difícil diagnóstico, tornando a citogenética importante para o diagnóstico e prognóstico dos pacientes. As alterações cromossômicas apresentam cerca de 30-50% nos pacientes com SMD. Recentemente, alterações a nível epigenético estão sendo relacionadas ao desenvolvimento da SMD e sua evolução para LMA. O remodelamento da cromatina é um dos mecanismos epigenéticos realizados por proteínas da família Polycomb (PcG). O gene Enhancer of Zeste Homologous 2 (EZH2), é uma histona metiltransferase importante para o funcionamento do PcG. O EZH2, apresenta um papel crítico na manutenção da população de células pluripotentes hematopoiéticas e pode ser um potencial biomarcador envolvido na patogênese da SMD. Os mecanismos que levam à transformação leucêmica associados ao padrão de expressão de EZH2 em pacientes adultos com SMD são poucos estudados e possuem resultados controversos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o padrão de expressão do gene EZH2 em pacientes adultos com SMD e sua associação com o cariótipo e sua evolução para LMA. Materiais e métodos: Esse estudo incluiu 70 amostras de MO de pacientes adultos com SMD e 20 amostras de MO de doadores adultos (controles), entre o período de 2013-2023. As análises citogenéticas foram realizadas em células da MO por bandeamento G e hibridização in situ por fluorescência (FISH). O padrão de expressão do gene EZH2 foi realizado por PCR em tempo real. Resultados: Cariótipos anormais foram observados em 49% dos casos analisados (34/70). Foi observado uma superexpressão de EZH2 nos pacientes em relação aos controles (p < 0,0005). Pacientes com alterações cromossômicas apresentaram um aumento de expressão de EZH2 em relação aos pacientes que não tiveram alterações (p < 0,0018). A evolução da doença foi observada em 44% dos pacientes (31/70) e demonstraram uma superexpressão do EZH2 em relação aos pacientes que não evoluíram (p < 0,0001). Discussão: O padrão de expressão de EZH2 em SMD é pouco estudado e possuem resultados discrepantes. Logo, um desses estudos mostrou que a superexpressão de EZH2 está relacionada com prognóstico desfavorável. Enquanto o outro, demonstrou que a baixa expressão de EZH2 está associada com alterações no cromossomo 7 e com a progressão da doença. Nossos achados envolvendo a superexpressão de EZH2 em pacientes adultos com SMD associadas com alterações citogenéticas e a evolução leucêmica é uma descoberta incomum na literatura. O EZH2 participa de vários processos biológicos e possuem diferentes modos de ação que precisam ser elucidados. Conclusão: Nosso estudo sugere que a superexpressão do EZH2 está associada com a evolução da SMD para LMA, sendo um possível biomarcador de prognóstico.
Objetivos: O teste do pezinho representa um marco na detecção precoce de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, sendo responsável pela triagem de mais de 50 doenças em recém-nascidos. Neste ...contexto, o presente trabalho tem como objetivo analisar as evidências que ressaltam a essencialidade da realização da triagem neonatal por meio do teste do pezinho, a fim de reforçar a importância da manutenção e aprimoramento dessa estratégia. Materiais e métodos: Realizou-se busca nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS com os descritores “screening”, “neonatal” e “newborn” e os filtros “textos completos”e “últimos 5 anos”. Foram excluídos estudos duplicados, revisões e artigos fora do eixo temático. Foram incluídos 16 artigos. Resultados: O enfoque dos 16 artigos foi dividido em 2 tópicos principais: a importância do Teste do Pezinho na Saúde Pública e as limitações desse método de triagem. A relevância da triagem é atribuída, nos estudos, à redução do tempo de diagnóstico, implicando em diminuição da morbimortalidade infantil. Em 2 estudos foi realizado o acompanhamento dos pacientes diagnosticados precocemente, comparando seus desfechos com as populações anteriores à instituição da triagem. Como resultado, evidenciou-se que pacientes triados têm melhor condição clínica e menos complicações em detrimento dos pacientes que nasceram antes da triagem obrigatória. No tocante às limitações do Teste do Pezinho, foi apontada a baixa acurácia do exame em situações clínicas específicas (como falsos negativos do tripsinogênio auto reativo utilizado para diagnóstico de fibrose cística). Ademais, aferiu-se que a desigualdade socioeconômica restringia o alcance do teste neonatal, sendo a cobertura diretamente proporcional à renda per capita domiciliar da família. Discussão: O impacto positivo da triagem neonatal universal é indiscutível. Mesmo os artigos que apontam as limitações técnicas e sociais concordam que os benefícios se sobrepõem aos malefícios de maneira evidente. Contudo, o reconhecimento das lacunas se faz importante para o contínuo aprimoramento do método. Conclusão: O Teste do Pezinho continua sendo uma importante forma de triagem neonatal, reduzindo a morbimortalidade de crianças e adultos. Como limitações desta revisão, ressalta-se a limitada quantidade de estudos.
Objetivos: Identificar os fatores associados às recorrências das crises álgicas acometidas pela Anemia Falciforme (AF) em pacientes pediátricos a partir de uma concepção clínica e familiar. Materiais ...e métodos: Realizou-se revisão de literatura nas bases PubMed e LILACS, com os descritores “anemia falciforme”, “criança” e “crise vaso-oclusiva”. Ao todo, foram encontrados 119 artigos, dos quais apenas 8 eram condizentes com os objetivos da pesquisa. Resultados: As vulnerabilidades das condições socioeconômicas (CSE) - entre nível médio e baixo e escolaridade dos pais variando entre fundamental completo e ensino médio - influenciam negativamente no manejo das crises álgicas. A literatura revisada relatou que cerca de 50% dos casos de crise dolorosa vaso-oclusiva (CVO) eram do sexo masculino, com idades entre 1 ano e 3 meses e 12 anos, com média de 6 anos e 7 meses. As reinternações ocorreram geralmente mais de 30 dias após a alta. A principal causa desencadeante e prolongadora da CVO foi a detecção de um foco infeccioso. A dor não era localizada, sem sinais ou focos infecciosos, com características nociceptivas e neuropáticas, sendo esta última pior. A crise álgica afetou quase 71% dos indivíduos e a recorrência de infecções afetou mais de 50%. Discussão: A condição socioeconômica exerce impacto direto no tratamento e acesso aos cuidados de saúde para crianças com AF. A baixa escolaridade dos responsáveis e a insegurança financeira implicam em falta de suporte nutricional adequado, resultando na maior dificuldade em lidar com as demandas impostas pelas consequências da doença, como as crises álgicas. As crises tornam-se relativamente difíceis de serem identificadas à medida que a idade da criança diminui, uma vez que não há capacidade cognitiva ou mesmo vocabulário para afirmá-la, sendo necessário percebê-la por demonstrações de desconforto, choro, irritabilidade e mesmo por alteração dos sinais vitais. A CVO é a principal complicação aguda em pacientes com AF, causando internações frequentes. Os principais desencadeantes foram infecção, exposição ao frio, trauma local e desidratação. A duração média da internação é relevante, afetando o afastamento da escola e do trabalho, custos e complicações hospitalares. O atraso na busca por atendimento e o tempo prolongado de espera implicam em um controle ineficiente da dor e adiam o término da crise. Além disso, a deficiência no apoio emocional prestado às crianças com AF durante a hospitalização, somados à dor causada pela AF e ao estresse proporcionado pelos procedimentos médicos e de enfermagem, tendem a dificultar o tratamento e a causar danos em aspectos psicológicos. Conclusão: Destaca-se a importância do suporte nutricional e condições socioeconômicas adequadas para o tratamento de crianças com AF. Condições vulneráveis estão associadas à maior busca tardia por atendimento, levando a internações prolongadas, tornando necessário melhorar o acesso aos serviços de atendimento. Infecções foram comuns como desencadeante das crises, que também apresentaram recorrências. Abordagens que incluem conscientização e acesso eficiente à saúde podem melhorar a qualidade de vida desses pacientes. O controle da dor por meio de tratamento não farmacológico, como diálogo e apoio emocional, também é necessário para reduzir o impacto da hospitalização sobre a criança.
Objetivos: Analisar os fatores de inaptidão à doação de sangue no Hemocentro do Acre (Hemoacre). Materiais e métodos: Estudo quantitativo, retrospectivo, transversal e descritivo, feito a partir de ...dados secundários obtidos no sistema Hemovida, analisados descritivamente pelo software SPSS. Foram incluídos todos os candidatos à doação de janeiro a junho de 2021. Resultados: Dentre 8.460 candidatos, 28,21% estavam inaptos; sendo as triagens clínica, hematológica e sorológica responsáveis, respectivamente, por 63,2%, 19,61% e 17,19% das inaptidões. As causas de inaptidão eram majoritariamente temporárias, com destaque para a realização de procedimentos com agulhas, hipertensão e comportamento sexual de risco. Entre inaptidões hematológicas, a principal causa foi anemia, com subpopulação predominantemente feminina. Por fim, dentre as causas sorológicas, destaca-se a sorologia positiva para hepatite B, com subpopulação predominante masculina, entre 31 a 49 anos. Há predominância de homens de 16 a 30 anos em toda população de inaptos. Discussão: o Acre segue a tendência dos estados da região norte, com porcentagem de inaptidão maior que a média nacional. As causas de inaptidão eram majoritariamente temporárias. A predominância masculina entre inaptos pode estar associada à maior procura do serviço de doação de sangue por esta população. A predominância de mulheres entre hematologicamente inaptos se explicaria pela maior incidência de anemia ferropriva devido à menor reserva de ferro ocasionada pelo ciclo menstrual. A taxa de inaptidão por condição sorológica no Acre está acima da média nacional, o que poderia ser atribuído à maior taxa de portadores de hepatite B, endêmica da região norte. Conclusão: A triagem clínica é a principal forma de detecção de indivíduos inaptos, sendo os homens entre 16-30 anos e solteiros a principal população de inaptos. Nosso estudo tem como limitação ter ocorrido em ano de pandemia, reduzindo o número de amostras para análise.