Introdução: O mieloma múltiplo (MM) representa 15% das neoplasias hematológicas e a incidência está aumentando devido ao envelhecimento da população. Nesse contexto um aprimoramento com análise das ...comorbidades associado a escalas geriátricas que avaliam a atividade diária podem identificar pacientes em diferentes grupos de risco sendo possível adaptá-los a diferentes estratégias de tratamento. O International Myeloma Working Group (IMWG) propôs um sistema de pontuação para o cálculo da fragilidade do paciente com MM como preditor de sobrevida global, eventos adversos e tolerabilidade ao tratamento com base nos seguintes scores: idade, Atividade de Vida Diária (ADL), Instrumento de atividade de vida diária de Lawton (IADL) e Índice de Comorbidade de Charlson (ICC). No Brasil existe uma escassez de registros epidemiológicos sobre o MM, bem como de dados que explorem as comorbidades e fragilidade dessa população. Objetivos: Analisar o escore de fragilidade IMWG dos pacientes recém diagnosticados no Rio de Janeiro no ambulatório de MM da UFRJ Pacientes e métodos: Para o cálculo do escore de fragilidade IMWG foram utilizado sistema de pontuação baseado na idade e nas escalas de avaliação geriátricas ICC, ADL e IADL. O Escore de Fragilidade IMWG é composto pela graduação Fit = 0; Intermediário = 1 e Frágil = 2 pontos. A graduação de pontos validada por este sistema prevê para a idade: < 75 anos = 0; 75-80 anos = 1; >80 anos = 2, para o ICC: ≤1 = 0 e ≥ 2 = 1, para o ADL: > 4 = 0 e ≤ 4 = 1 e para o IADL: >5 = 0 e ≤ 5 = 1. Resultados: Na análise, de n = 39 pacientes diagnosticados com MM, 21 (54%) tinham idade ≥ 65 anos, a idade mediana da população estudada foi de 66 anos (36-91) anos. O estadio ISS foi: I- n = 12 (31%), II- n = 12 (31%), III- n = 15 (38%). O Performance Status ECOG (1-4) no diagnóstico na população total do estudo foi: 0- 1 (3%), 1- n = 5 (13%), 2- n = 7 (18%), 3- n = 20 (51%), 4- n = 6 (15%). A avaliação de comorbidades pelo ICC foi: ICC: ≤1, n = 4 (10%) e ≥ 2 = 35 (90%). A atividade diária de Katz: >4, n = 18 (46%) e ≤4, n = 21 (54%). E atividade de vida diária de Lawton: >5, n = 10 (26%) e ≤ 5, n = 29 (74%). E com esses dados a distribuição a o escore de fragilidade IMWG foi: Fit n = 2 (5%), Unfit n = 15 (38%) e Frail n = 22 (56%). Discussão: A análise prospectiva de pacientes de vida real recém diagnosticados com MM mostrou que 56% dos pacientes são frágeis, números acima dos reportados na literatura pelo IMWG. No entanto, alguns pacientes pontuaram apenas pelo critério da idade. A idade já foi apontada em diferentes estudos como um fator prognóstico adverso, porém estudos recentes mostram que a fragilidade não tem relação apenas com a idade biológica. A idade como fator prognóstico tem recebido crítica em muitos trabalhos na literatura. O ECOG 3 e 4 foi identificado em 76% da amostra, o que exclui esses pacientes de estudos clínicos. O uso de escalas mais precisas e adaptadas ao MM é necessária para definir sobrevida e estratégias terapêuticas e a inclusão de pacientes em estudos clínicos. Conclusão: Esses dados indicam uma população de vida real que na prática clínica requerem cuidados especiais de saúde como ajuste nas doses de drogas anti- MM, que geralmente são excluídos de estudos clínicos e que tem expectativa de vida curta.
During hypoxia, active substances released by the endothelium play a key role in the cardiovascular and respiratory responses elicited to optimize oxygen delivery. As hypercholesterolemia is a major ...cause of endothelial dysfunction, it may interfere with these responses.
We studied cardiovascular and ventilatory responses to acute systemic hypoxia in 14 patients with hypercholesterolemia (HC) and 13 control (CO) subjects. Oxygen saturation decreased similarly in both groups. Diastolic blood pressure increased only in the HC group (P=0.0002) and, despite systolic blood pressure increases both in the HC group, 140+/-4 (95% confidence interval CI,131 to 149 mm Hg) to 154+/-4 mm Hg (95% CI,145 to 164 mm Hg), and in the CO group, 133+/-3 (95% CI,126 to 140 mm Hg) to 140+/-4 mm Hg (95% CI,132 to 148 mm Hg), the HC group showed an enhanced pressor response (P=0.03, group comparison). Both groups had increased forearm blood flow, but the decrease in forearm vascular resistance in the CO group, 40+/-5 (95% CI, 30 to 51 UR) to 31+/-4 UR (95% CI,23 to 39 UR) (P=0.0001) was not seen in the HC group, 29+/-3 (95% CI, 22 to 37 UR) to 26+/-3 UR (95% CI, 20 to 33 UR), (P=0.03, group comparison).
Hypercholesterolemic patients demonstrate a hyperreactive pressor response and absence of forearm vasodilation during acute systemic hypoxia.
Patients affected by medium-chain acyl CoA dehydrogenase (MCAD) deficiency, a frequent inborn error of metabolism, suffer from acute episodes of encephalopathy. However, the mechanisms underlying the ...neuropathology of this disease are poorly known. In the present study, we investigated the in vitro effect of the medium-chain fatty acids (MCFA), at concentrations varying from 0.01 to 3 mM, accumulating in MCAD deficiency on some parameters of energy metabolism in cerebral cortex of young rats.
14CO
2 production from U
14 glucose, 1-
14C acetate and 1,5-
14C citrate was evaluated by incubating cerebral cortex homogenates from 30-day-old rats in the absence (controls) or presence of octanoic acid, decanoic acid or
cis-4-decenoic acid. OA and DA significantly reduced
14CO
2 production from acetate by around 30–40%, and from glucose by around 70%. DA significantly reduced
14CO
2 production from citrate by around 40%, while OA did not affect this parameter. cDA inhibited
14CO
2 production from all tested substrates by around 30–40%. The activities of the respiratory chain complexes and of creatine kinase were also tested in the presence of DA and cDA. Both metabolites significantly inhibited cytochrome
c oxidase activity (by 30%) and complex II–III activity (DA, 25%; cDA, 80%). Furthermore, only cDA inhibited complex II activity (by 30%), while complex I–III and citrate synthase were not affected by these MCFA. On the other hand, only cDA reduced the activity of creatine kinase in total homogenates, as well as in mitochondrial and cytosolic fractions from cerebral cortex (by 50%). The data suggest that the major metabolites which accumulate in MCAD deficiency, with particular emphasis to cDA, compromise brain energy metabolism. We presume that these findings may contribute to the understanding of the pathophysiology of the neurological dysfunction of MCAD deficient patients.