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  • Língua, gênero e diversidad...
    Schwartzmann, Matheus Nogueira

    Estudos Semióticos, 12/2022, Letnik: 18, Številka: 3
    Journal Article

    Neste trabalho, objetivamos demostrar como discursos sexistas e  sobre a língua são construídos para perpetuar preconceitos de gênero, raça e  classe, à medida que o discurso anticientífico é usado para estabelecer a língua  normatizada por gramáticas e dicionários como a única correta e aceitável, e  performances linguísticas sexistas e intolerantes perpetuam formas de violência  contra o corpo feminino (mulheres cis e identidades de gênero LGBTQIA+), e  sua consequente exclusão social. Utilizando a visada teórico-metodológica da  semiótica discursiva, verificamos a construção figurativa e veridictória do nosso  córpus, revelando valores como a negação das transformações da/na língua em  uso em artigo jornalístico veiculado na revista Veja em 2001, na Portaria nº  604/21, do Ministério do Turismo, e no Projeto de Lei 948/21, dispositivos  legislativos que vetam o uso de linguagem neutra na esfera pública brasileira.  Conforme explicitamos como a linguagem sexista inflige a exclusão e violências  simbólicas à população que não é exclusivamente masculina, simultaneamente,  analisamos o Manual para o uso não sexista da linguagem (2014), publicado  pelo Governo do Rio Grande do Sul. Como resultado, apresentamos o que é e  como o falante do português pode usar a linguagem não sexista e a linguagem  neutra em diferentes situações de interação social.