Os últimos anos foram marcados por grandes mudanças no cenário político, políticas públicas para Reforma Agrária e Agricultura Familiar foram cortadas, diminuindo assim, as possibilidades de comercialização para o mercado institucional. Isso gerou um cenário de insegurança para alguns agricultores familiares, que tiveram que buscar outras formas de se organizar e escoar a sua produção. Este artigo visa estudar a criação, trajetória e mobilização da Cooperativa da Agricultura Familiar de Americana (Cooperflora) ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estabelecida no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Milton Santos, na comercialização em circuitos curtos e descrever como a organização da cooperativa contribuiu para a permanência do agricultor no campo. Para atingir os objetivos propostos foi feito um estudo de caso junto a Cooperflora, para condução do artigo utilizou-se como metodologia a pesquisa descritiva e exploratória e como procedimento de coleta de dados utilizou-se de entrevistas. Com o estudo conseguimos conhecer como se deu a criação da cooperativa e como os agricultores estão se organizando para escoar os seus produtos. Conclui-se o papel fundamental da organização coletiva como uma forma de ação educativa e para promoção desenvolvimento rural.