Desde Platão, a morte tem sido um tema recorrente na história da filosofia e as escolas helenísticas (sobretudo o epicurismo e o estoicismo) fizeram dela uma reflexão diária, de onde advém não só o ...termo meditatio mortis, mas toda uma literatura, inclusive durante o medievo, que tem como centralidade o momento final da vida. Assim, no século XVI, período no qual se encontra o nosso autor, Michel de Montaigne, a meditação sobre a morte era um topos retórico, mas os Ensaios abordam o tema da morte não somente do ponto de vista literário, mas como uma meditação diária, como um exercício espiritual. Deste modo, o nosso artigo pretende sugerir que Montaigne, muito além de uma abordagem retórica, tenta recuperar o sentido mais originário que as escolas helenísticas davam à meditatio mortis, tomando-a como uma preparação para a própria vida, como uma atenção constante ao presente, diante de um cenário eminente de mortes, com as epidemias de peste negra e guerra civil.
No presente trabalho, procurou-se apresentar alguns apontamentos e reflexões sobre a presença indígena, como ponto de valorização da cultura e literatura brasileira, a partir do livro “Resumo da ...História Literária do Brasil”, de Ferdinand Denis e “Dos Canibais”, ensaio de Michel de Montaigne. Tais autores influenciariam diretamente a primeira geração de românticos, representada aqui por Gonçalves de Magalhães. Procura-se entender a abordagem de tais autores sobre os indígenas no Brasil, assim como apontar como essas obras influenciaram na percepção da presença originária na literatura, principalmente romântica. Parte-se das perspectivas apresentadas por Roque Spencer Maciel de Barros para entender as obras literárias como fontes para a história e das aproximações ético-políticas de Marcelo de Mello Rangel.
Este artigo tem por objetivo apresentar os primeiros resultados de nossa pesquisa de pós-doutorado sobre a tradução da obra Ensaios (1580-1582) de Michel de Montaigne (1533-1592) ao português ...brasileiro. Ainda muito pouco se sabe sobre a recepção e trajetória de Montaigne e sua obra no Brasil. No entanto, tal desconhecimento contrasta com o fato de serem os Ensaios obra amplamente conhecida e apreciada pelo público leitor brasileiro. Atestam-no a vitalidade da pesquisa acadêmica em filosofia, literatura e ciências sociais que fazem de Montaigne seu centro de interesse e, também, as inúmeras apropriações de sua obra na mídia e nas artes em geral. Qual Montaigne chegou primeiro ao Brasil, como e quando? Estas são as perguntas que buscamos responder ao nos debruçarmos sobre o percurso das traduções de sua obra no Brasil.
Este artigo tem por objetivo apresentar os primeiros resultados de nossa pesquisa de pós-doutorado sobre a tradução da obra Ensaios (1580-1582) de Michel de Montaigne (1533-1592) ao português ...brasileiro. Ainda muito pouco se sabe sobre a recepção e trajetória de Montaigne e sua obra no Brasil. No entanto, tal desconhecimento contrasta com o fato de serem os Ensaios obra amplamente conhecida e apreciada pelo público leitor brasileiro. Atestam-no a vitalidade da pesquisa acadêmica em filosofia, literatura e ciências sociais que fazem de Montaigne seu centro de interesse e, também, as inúmeras apropriações de sua obra na mídia e nas artes em geral. Qual Montaigne chegou primeiro ao Brasil, como e quando? Estas são as perguntas que buscamos responder ao nos debruçarmos sobre o percurso das traduções de sua obra no Brasil.
Artykuł został poświęcony filmowym esejom Grzegorza Królikiewicza. Michał Dondzik omówił młodzieńczą fascynację Królikiewicza lekturą Prób Michela de Montaigne’a, jego pierwsze eseje filmowe ...zrealizowane w Wytwórni Filmów Oświatowych w Łodzi, eseje wideo o rektorach łódzkiej szkoły filmowej, a także esej montażowy Kern. Autor zrekonstruował konteksty produkcyjne esejów reżysera oraz drogę, którą musiały one przebyć, by dotrzeć do widzów. Jak pisze w zakończeniu artykułu: Twórczość Grzegorza Królikiewicza zarówno w Polsce Ludowej, jak i po 1989 r. skazana była na wąskie rozpowszechnianie. Dotarcie do filmów reżysera wymagało determinacji i pokonania szeregu trudności, jednak prawdziwym wyzwaniem było obejrzenie jego esejów. Są one nieobecne w przestrzeni polskiej kultury po dziś. Tym bardziej warto przyjrzeć się im z bliska, analizować i polemizować, bo do takiego właśnie osobistego, często emocjonalnego ich odbioru prowokuje Królikiewicz.
Tendo em vista tanto questões literárias quanto questões editoriais, estas notas apresentam uma reflexão sobre dois aspectos de Ensaios (1580), de Michel de Montaigne, que redimensionam o debate ...acerca da questão da escrita de si, são eles: a imagem da subjetividade e a atitude revisional como movimento editorial. O eixo temático guarda em seu bojo uma reflexão sobre a duração subjetiva, tempo da escrita dentro e fora do texto, que dinamiza as imagens especulares de si dando-lhes movimento, ou seja, produzindo seus fantasmas. A metodologia de abordagem identifica as figuras do espelho e do fantasma em três ensaios selecionados, mas que exemplificam o modus operandi da tessitura da obra. Estas notas lançam mão das interpretações de Starobinski (2018), Birchal (2007) e Scoralick (2016), que se dividem quanto à caracterização do texto e, entre estas, procuram seu lugar, ao observar as convergências e divergências.
Francis Bacon's political thought cannot be understood without a close reading of his discussions about human emotions and the role they play from our private to public spheres of interaction. This ...paper discusses Bacon's widespread treatment of envy as a particularly significant source of political strife within states which, when unattended, leads to civil war. Bacon rejects envy as a 'private' passion. As a 'public' passion, however, it becomes a tool for preventing the very outcome to which 'private' envy is inclined. Envy thus serves as a useful political tool that uncovers ambitious men 'when they grow too great' and helps political leaders 'in handling sedition'. Envy, moreover, is also a central concept that elucidates Bacon's discussions of 'moral' and 'civil' philosophy as two areas of study that need to be united for proper political rule. The paper opens with an analysis of Bacon's treatment of envy in his Essays or Counsels Civil and Moral and his writings on historiography; it then connects Bacon's understanding of envy and civil war with the writings of Thomas Hobbes and Michel de Montaigne; finally, it concludes with a discussion of the role of envy in Bacon's civil and moral philosophy.
Ambitious Form describes the transformation of Italian
sculpture during the neglected half century between the death of
Michelangelo and the rise of Bernini. The book follows the
Florentine careers ...of three major sculptors--Giambologna,
Bartolomeo Ammanati, and Vincenzo Danti--as they negotiated the
politics of the Medici court and eyed one another's work, setting
new aims for their art in the process. Only through a comparative
look at Giambologna and his contemporaries, it argues, can we
understand them individually--or understand the period in which
they worked. Michael Cole shows how the concerns of central Italian
artists changed during the last decades of the Cinquecento. Whereas
their predecessors had focused on specific objects and on the
particularities of materials, late sixteenth-century sculptors
turned their attention to models and design. The iconic figure gave
way to the pose, individualized characters to abstractions. Above
all, the multiplicity of master crafts that had once divided
sculptors into those who fashioned gold or bronze or stone yielded
to a more unifying aspiration, as nearly every ambitious sculptor,
whatever his training, strove to become an architect.
One of Solon's laws punished citizens who fail to take sides in the event of a civil war. Among the very few sixteenth-century political writers who defended Solon's law we find Jean Bodin, Justus ...Lipsius and Michel de Montaigne (the latter two possibly reacting to Pierre Grégoire's
criticism of Bodin). This article retrieves the justifications offered by these writers for taking sides in a civil war in the context of what should be seen as an exercise in humanist casuistry. According to Bodin, citizens may strategically join a party in order to restrain fellow partisans.
Lipsius and Montaigne seem to agree with Grégoire that Bodin is too optimistic about the strategic partisan's capacity to restrain his fellows. In response, Lipsius de-emphasizes restraint of others as a justification for partisanship. Montaigne, by contrast, rejects Bodin's assumption
of partisan unreasonability and emphasizes the partisan's capacity of selfmoderation.