Objetivo da pesquisa: Realizar aproximações teõricas entre o campo da Gestão Social e as Epistemologias do Sul. Enquadramento teõrico: A Gestão Social representa uma alternativa ao pensamento ...organizacional hegemônico. Por meio das esferas públicas, permeadas por ações participativas e dialõgicas, objetiva-se atender ao bem comum da sociedade. As Epistemologias do Sul representam uma alternativa ao paradigma epistemolõgico da ciência moderna, o lado colonial, patriarcal e capitalista. Resultados: Assim como a Gestão Social busca a emancipação como finalidade, as Epistemologias do Sul apresentam potencial emancipador, ao constituir orientação política e epistêmica, que nasce do conhecimento acerca da luta contra o capitalismo/colonialismo/patriarcado. Originalidade: Há a necessidade de avançar na compreensão da Gestão Social, a partir de seu sentido originário epistemolõgico e axiolõgico decolonial, considerando a emergência dos debates acerca das desigualdades e diversidades. Logo, as Epistemologias do Sul tornam-se relevantes para refletir o campo, pois admite o conhecimento produzido na modernidade e parte de uma concepção contra hegemônica. Contribuições teõricas: Sob o olhar das Epistemologias do Sul, a Gestão Social, como uma possibilidade de decolonialidade epistemolõgica, torna-se mais adequada ao contexto latino-americano e mais prõxima de uma gestão dialõgica que busca libertar os indivíduos e promover igualdade por meio da promoção do bem comum. Assim, abre-se espaço para a valorização e validação do conhecimento construído na América Latina.
Baine Maara-Indu Mama-Siddi Dhamal Dey, Sayan
International Journal of Critical Diversity Studies,
07/2023, Volume:
5, Issue:
2
Journal Article
Peer reviewed
Open access
The Siddis were brought to India from the southern and eastern parts of Africa by the Arab and Portuguese colonisers. At present, the Siddis in India can be found in parts of Gujarat (a state located ...in western India), Hyderabad (a state located in southeastern India) and Karnataka (a state located in southwestern India). They are habitually subjected to colonially reconfigured violence of epistemic and cognitive injustices by the mainstream colonial/modern governing institutions in India through dehumanising their cultural practices, racially invalidating their food habits, preventing them from receiving education, practising racial suppression at workplaces, etc. To counter such violence of the colonial/modern governing institutions, the Siddis interweave narratives of epistemic justice and cognitive freedom through performing their Indigenous traditional socio-cultural practices of hunting, cooking, eating, singing and dancing. The interesting aspect of these socio-cultural practices is that they are socially, culturally, thematically and contextually interlinked to each other. The title of this article is a synecdochic representation of the interwovenness of Siddi histories and cultures. With respect to these arguments, the research article will argue how these socio-cultural practices function as Indigenous performances of epistemic justice and cognitive freedom for the Siddis of Karnataka.
Este texto trata da saúde humana na perspectiva do conceito de bem-estar, especificamente a partir das realidades das benzedeiras/os. A abordagem insere-se no campo da perspectiva decolonial do ...conhecimento, pois volta-se à atuação de agentes praticantes de saberes tradicionais de cura. Os quais portam a confiança de suas comunidades e complementam o fazer médico-científico em relação ao cuidado à saúde de indivíduos e de grupos. Para tal, a pesquisa valeu-se do levantamento bibliográfico utilizando-se do método “bola-de-neve” que permitiu a construção da análise aqui desenvolvida. O conceito de bem-estar é ainda amplamente discutido e tem interpretações múltiplas. Partindo de diferentes epistemologias o texto auxilia a compreender como a atividade da benzeção pode servir à promoção e complementação do bem-estar e, através deste, da saúde humana. A abordagem desenvolvida evidencia a importância que benzedeiras/os têm para a saúde de suas comunidades, atuando solidariamente em prol do fortalecimento do bem-estar de seus enfermos. Evidencia também algumas perspectivas da dimensão socioespacial delas/es, ao mesmo tempo que aponta a necessidade de aprofundamento desta perspectiva no campo da geografia.
