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  • A relação entre o uso de am...
    Linhares, Mateus Rodrigues; Aniceto, Wallysson Correia; Lagares Filho, Gilmar Bernardes; Telino, Carolina Faria Leal; Da Cunha, Beatriz Regis; Peres, João Vitor Rezio; Santana, João Cláudio Kechichian; Santos, Laylla Amaral; Porto, João Vitor Nogueira; De Godoy, André Brasil Cardoso; De Paula, Luís Fernando Farias; Santos, Paul William; Cardoso, Izabela dos Santos; Iqueda, Renato Magalhães; Dos Reis, Patrik Tomazini; Morelatti, Maria Clara Miotto; De Oliveira, Manuela Perin; Garcia, Isabela Vitória Pilla; Ascari, Daniel Bruno Alves; Barbosa, Davi Carvalho

    STUDIES IN HEALTH SCIENCES, 11/2023, Volume: 4, Issue: 4
    Journal Article

    A glândula tireoide é a maior glândula endócrina do corpo e tem um papel fundamental na manutenção da homeostase corporal. Níveis adequados de hormônios tireoidianos circulantes são cruciais para o funcionamento adequado de praticamente todos os tecidos e órgãos do corpo. Contudo, quando se faz uso a longo prazo de amiodarona, agente antiarrítmico de classe III, nota-se alterações significativas na função tiroidiana, que persiste não só na fase aguda, mas também na fase crônica do tratamento prolongado. Entretanto, vale ressaltar que, embora amplamente utilizada em crianças com arritmia, a amiodarona e seus efeitos na tireoide não foram completamente avaliados como nos adultos, podendo levar a complicações irreversíveis do desenvolvimento neurológico induzidas por AIH ou AIT quando administrado cedo na infância. Dessa forma, com o crescente corpo de literatura sobre a relação entre o uso de amiodarona e as patologias que acometem a tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, foi possível a realização de uma revisão integrativa de literatura por meio da plataforma pubmed, com seleção e análise criteriosa dos artigos, a fim de revisar e analisar as evidências atuais sobre a relação e impacto da amiodarona na glândula tireoide. Nesta revisão foi identificado que a disfunção tireoidiana induzida por amiodarona (AITD) é um efeito adverso comum, irreversível e imprevisível da tireoide, levando à falha da terapia e mortalidade significativa. Ademais, devido a amiodarona ser rica em iodo, grandes quantidades de iodeto liberadas durante o metabolismo desta droga inibem a biossíntese do hormônio tireoidiano, desenvolvendo quadros de hipo e hipertireoidismo. Portanto, modelos e métodos de reamostragem para prever a disfunção tireoidiana induzida pela amiodarona podem servir como ferramenta de apoio para previsão de risco individualizada e apoio à decisão clínica única para cada paciente.