Abstract
OBJECTIVES
This study compares the uniportal with the 3-portal video-assisted thoracic surgery (VATS) by examining the data collected in the Italian VATS Group Database. The primary end ...point was early postoperative pain; secondary end points were intraoperative and postoperative complications, surgical time, number of dissected lymph nodes and length of stay.
METHODS
This was an observational, retrospective, cohort, multicentre study on data collected by 49 Italian thoracic units. Inclusion criteria were clinical stage I–II non-small-cell lung cancer, uniportal or 3-portal VATS lobectomy and R0 resection. Exclusion criteria were cT3 disease, previous thoracic malignancy, induction therapy, significant comorbidities and conversion to other techniques. The pain parameter was dichotomized: the numeric rating scale ≤3 described mild pain, whereas the numeric rating scale score >3 described moderate/severe pain. The propensity score-adjusted generalized estimating equation was used to compare the uniportal with 3-portal lobectomy.
RESULTS
Among 4338 patients enrolled from January 2014 to July 2017, 1980 met the inclusion criteria; 1808 patients underwent 3-portal lobectomy and 172 uniportal surgery. The adjusted generalized estimating equation regression model using the propensity score showed that over time pain decreased in both groups (P < 0.001). There was a statistical difference on the second and third postoperative days; odds ratio (OR) 2.28 95% confidence interval (CI) 1.62–3.21; P < 0.001 and OR 2.58 (95% CI 1.74–3.83; P < 0.001), respectively. The uniportal-VATS group had higher operative time (P < 0.001), shorter chest drain permanence (P < 0.001) and shorter length of stay (P < 0.001).
CONCLUSIONS
Data from the Italian VATS Group Database showed that in clinical practice uniportal lobectomy seems to entail a higher risk of moderate/severe pain on second and third postoperative days.
Droghetti A, Marulli G, Vannucci J, et al. Clinicoecon Outcomes Res. 2017;9:201-206.On page 205, Acknowledgments section, "This research was funded by an unrestricted grant from Takeda Italia Spa. We ...are grateful for the collaboration and support of the Administration of Carlo Poma Hospital, Italy" should have been "We are grateful for the collaboration and support of the Administration of Carlo Poma Hospital, Italy".Read the original article
We aimed to evaluate the direct costs of pulmonary lobectomy hospitalization, comparing surgical techniques for the division of interlobar fissures: stapler (ST) versus electrocautery and hemostatic ...sealant patch (ES).
The cost comparison analysis was based on the clinical pathway and drawn up by collecting the information available from the Thoracic Surgery Division medical team at Mantova Hospital. Direct resource consumption was derived from a previous randomized controlled trial including 40 patients. Use and maintenance of technology, equipment and operating room; administrative plus general costs; and 30-day use of postsurgery hospital resources were considered. The analysis was conducted from the hospital perspective.
On the average, a patient submitted to pulmonary lobectomy costs €9,744.29. This sum could vary from €9,027 (using ES) to €10,460 (using ST). The overall lower incidence (50% vs 95%,
=0.0001) and duration of air leakage (1.7 days vs 4.5 days,
=0.0001) in the ES group significantly affects the mean time of hospital stay (11.0 days vs 14.3 days) and costs. Cost saving in the ES group was also driven by the lower incidence of complications. The main key cost driver was staff employment (42%), then consumables (34%) and operating room costs (12%).
There is an overall saving of around €1,432.90 when using ES patch for each pulmonary lobectomy. Among patients undergoing this surgical procedure, ES can significantly reduce air leakage incidence and duration, as well as decrease hospitalization rates. However, further multicenter research should be developed considering different clinical and managerial settings.
Abstract Background Since there are few prospective studies on colorectal endoscopic resection to date, we aimed to prospectively assess safety and efficacy of endoscopic resection in a cohort of ...Italian patients. Methods Prospective multicentre assessment of resection of sessile polyps or non-polypoid lesions ≥ 10 mm in size or smaller (if depressed). Outcome measures included complete excision, morbidity, mortality, and residual/recurrence at 12 months. Results Overall, 1012 resections in 928 patients were analysed (62.4% sessile polyps, 28.8% laterally spreading tumours, 8.7% depressed non-polypoid lesions). Lesions were prevalent in the proximal colon. Enbloc resection was possible in 715/1012 cases (70.7%), whereas piecemeal resection was required in 297 (29.3%). Endoscopically complete excision was achieved in 866 cases (85.6%). Adverse events occurred in 83 (8.2%), and no deaths occurred. Independent predictors of 12-month residual/recurrence were the location of the lesion in the proximal colon (OR 2.22 95% CI 1.16–4.26; p = 0.015) and piecemeal endoscopic resection (OR 2.76 95% CI 1.56–4.87; p = 0.0005). Limitations of the study were: potential expertise bias, no data on eligible and potentially resectable excluded lesions, high percentage of lesions < 20 mm, follow-up limited to 1 year. Conclusion In this registry study the endoscopic resection of colorectal lesions was safe and achieved high rates of long-term endoscopic clearance.
Relatar um caso de paciente com Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) recidivada após o Transplante de Medula Óssea (TMO) com resposta satisfatória à terapia com inibidor de BCL-2 (Venetoclax).
Relato de ...caso.
Paciente do sexo feminino, 13 anos, com diagnóstico de LLA em dezembro de 2020. Ao diagnóstico, apresentava dor em quadril à esquerda associada a lesão osteolítica na bacia, sintomas neurológicos (paresia de membros inferiores, “marcha anserina”, perda de controle de esfíncter urinário), perda ponderal de cerca de 2kg e hipercalcemia. Recebeu tratamento segundo protocolo BFM 2009, permanecendo com Doença Residual Mínima Positiva (DRM) no D78 de quimioterapia (0,8%). O tratamento foi modificado para blinatumomab, tendo a paciente recebido dois ciclos, com remissão fugaz após o primeiro e DRM positiva após término de segundo ciclo. Realizado TMO haploidêntico aparentado (irmão) em outubro de 2021, com enxertia neutrofílica no D+12, evoluindo com recaída precoce no D+60 pós TMO e hipercalcemia grau IV (CaT = 14,9 mg/dL) embora a avalição de quimerismo do doador estivesse completa. A paciente recebeu mais um ciclo de blinatumomab seguida de infusão de linfócitos. Realizada uma nova avaliação medular cujo resultado evidenciou infiltração medular pela LLA por exame de anátomo patológico e imunohistoquímica em biopsia óssea uma vez que o mielograma encontrava-se hipocelular e em remissão. No resultado da imunohistoquímica foi encontrada a expressão do BCL2 e PAX5. Também foram solicitados exames de biologia molecular em amostra da medula óssea. Todas as análises cariotípicas da medula óssea mostraram 46XY em todas as células. Diante da história clínica de lesão osteolítica, hipercalcemia e doença grave refratária, levantou-se a hipótese da presença da mutação no gene TCF3 e assim instituído empiricamente o tratamento combinado de venotoclax com blinatumomab. A paciente teve evolução satisfatória, encontra-se em remissão hematológica após o primeiro ciclo de 28 dias e aguarda um segundo transplante de medula de doador não aparentado totalmente compatível.
A paciente apresentou ao diagnóstico e durante recidiva hipercalcemia, lesões osteolíticas e refratariedade à quimioterapia instituída, sugerindo alteração citogenética específica t(17;19) ‒ TCF3-HLF t(17;19)(q21-q22;p13), que gera o fator de transcrição de fusão E2A-HLF. Tal mutação é uma rara translocação presente em menos de 1% dos casos de LLA infantil, com morte após 2 anos de diagnóstico, e está associada com hipercalcemia, anormalidades adquiridas da coagulação e resposta terapêutica extremamente ruim à terapias convencionais, como a citarabina e vincristina. Pacientes com esta mutação apresentam maiores taxas de mutação PAX 5, além de mutação BCL-2 (ambas presentes em imunohistoquímica da paciente), o que faz com que pacientes com a t(17;19) tenham melhor resposta à terapia alvo com venetoclax (inibidor de BCL-2). A adição de outras quimioterapias pode apresentar efeito sinérgico em alguns pacientes.
Diante de casos de LLA refratária ou recidivada, a investigação de mutações específicas relacionadas, como Ph-like e TCF3, presentes em até 20% dos casos refratários, é essencial, visto que hoje estão disponíveis terapias alvo, capazes de induzir remissão medular nesses pacientes e aumentar a taxa de sobrevida dos mesmos.
Relatar o caso de lactente com diagnostico de recidiva muito precoce da Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e transformação para a linhagem Switch submetida a diversos protocolos de tratamento e ao ...Transplante de Medula Óssea (TMO).
Relato de caso.
Lactente do sexo feminino com diagnóstico de LLA pré B alto risco (translocação 10; 11 - MLL+) aos 8 meses de idade, submetida a tratamento quimioterápico segundo Protocolo Interfant 06. No oitavo dia de tratamento, foi classificada como boa respondedora ao corticoide por ter menos de 1000 blastos no sangue periférico. Avaliação da Doença Residual Mínima (DRM) do D15 da indução mostrou resposta satisfatória com 0,8% de blastos ao mielograma e no D33 encontrava-se negativa. O tratamento foi continuado com o monitoramento de DRM a cada bloco a ser iniciado e, antes de iniciar o bloco MARMA, estava com 2,2% de células atípicas por imunofenotipagem. Sem doador aparentado, foi cadastrada no REREME (Banco de Receptores de Medula Ossea) e encontrado doador com 100% de compatibilidade. Após a recuperação medular, antes de iniciar o segundo bloco quimioterápico (OCTADAD), foi realizada uma nova avaliação de DRM cujo resultado foi negativo. Em paralelo, já estava em preparo (exames, autorização de Tiotepa, coleta de medula óssea do doador) para ser submetida ao transplante de medula óssea. Ao término do bloco OCTADAD, foi internada no setor de TMO quando a avaliação medular pré-transplante evidenciou 56% de blastos linfoides com fenótipo semelhante ao diagnostico (CD19+). Diante do diagnóstico de recidiva muito precoce com possibilidade de TMO, foi administrado o Blinatumumab. No décimo quinto dia de infusão, realizada aspiração de medula óssea, cujo resultado mostrou blastos com características fenotípicas mieloides e linfoides, com blastos mieloides em maior porcentagem, sendo diagnosticada a Leucemia Switch. Foi administrado um novo ciclo quimioterápico com Fludarabina + Citarabina (FLAG) e nenhuma resposta foi alcançada, com 99% de blastos na medula óssea. Na tentativa de obter a remissão para ser encaminhada ao transplante de medula, recebeu Mitoxantrone + FLAG e, durante o período de aplasia, fez o condicionamento com Etoposídeo associado à irradiação corporal total, seguido do transplante de medula óssea com doador não aparentado. Paciente obteve boa evolução durante e após o TMO. Encontra-se no D+240 e em remissão da doença com DRM negativa nos dias D+30; D+60, D+100, D+199. A avaliação de quimerismo está completa em todas as avaliações de medula óssea.
A lactente foi diagnosticada inicialmente com LLA pré-B, MLL positiva. A resposta inicial foi satisfatória, mas precocemente teve a recaída da doença com mudança de linhagem blástica após ser instituído o tratamento com Blinatumumab. Diante da gravidade do quadro e restrição de novas possibilidades terapêuticas, foi optado por realizar o transplante de medula óssea durante o período de aplasia pós resgate (MITO-FLAG). A paciente apresentou boa evolução e encontra-se em remissão após 6 meses do transplante de medula óssea.
Frente aos casos de leucemias agudas na infância de alto risco, com refratariedade aos protocolos tradicionais e à existência de doador não aparentado, é razoável e aceitável a realização do TMO no momento da aplasia após bloco de quimioterapia de resgate.
Objetivos: Relatar o caso clínico de paciente com linfoma da zona cinzenta com características intermediárias entre Linfoma de Hodgkin Clássico esclerose nodular (LHC) e Linfoma Difuso de Grandes ...Células B (LDGC). Material e métodos: Relato de caso. Resultados: K.V.M. feminino, 14 anos, procedente do Pará, iniciou com febre, cefaleia, náuseas, sudorese noturna, hiporexia em agosto de 2021, dor torácica e perda de 6 kg em 2 meses. Tomografia computadorizada evidenciou massa mediastinal que foi biopsiada. Resultado Imunohistoquímico (CD30+ CD15+ PAX+ CD3- CD20-): Linfoma de Hodgkin clássico, subtipo esclerose nodular. Na primeira linha de tratamento utilizou o protocolo (OEPA-2×) + (COPDAC-4×). Alcançou remissão parcial confirmada por PET-CT quando administrada a segunda linha com Brentuximabe + Bendamustina. Em resposta parcial, após o quinto ciclo, foi encaminhada para o serviço de transplante de medula óssea do Hosp.Oncobio/Oncoclinicas ‒ Belo Horizonte. Após condicionamento com esquema BEAM, a infusão de células tronco periférica autólogo ocorreu em 05/12/2022. Em janeiro/23 apresentou nodulação na mama direita. Repetiu o PET-CT que evidenciou reativação da doença. Evoluiu com febre, derrame pleural. Transferida para o CTI em ventilação mecânica e realizada nova biópsia. Diante da gravidade do quadro e baseada na hipótese de refratariedade do linfoma de Hodgkin, fez uma dose de Pembrolizumabe antes da liberação do resultado da biopsia, cuja resposta clínica e radiológica foi satisfatória. Modificado esquema terapêutico para R-ICE após o resultado da biopsia mediastinal liberado em 14/02/2023 (CD20+CD30+ EBV+ PAX5- CD3- CKAE1/AE3- ALC-OCT3/4-): Linfoma da Zona Cinzenta (LZC) com características intermediárias entre linfoma de Hodgkin clássico esclerose nodular e linfoma difuso de grandes células B. Realizou novo PET CT após o segundo ciclo de R-ICE, cujo resultado foi satisfatório com poucas áreas de hipercaptação evidenciando resposta parcial. Paciente encontra-se clinicamente bem, aguardando a realização de novo PET-CT após o quarto ciclo de R-ICE. A continuidade do tratamento será com radioterapia e transplante de medula óssea alogênico. Discussão: LZC foi apresentado em 1998 e incorporado na classificação WHO2008 como linfoma B não classificado com características intermediarias entre LDGC e LHC. Tanto o diagnóstico quanto a terapêutica são desafiadores até os dias atuais. Afeta mais comumente adultos jovens, mas pode também ser diagnosticado em crianças. O mediastino anterior é o sítio mais comum e ocasionalmente pode ser sistêmica sem acometimento mediastinal. Pacientes com LZC tem alta taxa de recaída. O tratamento de primeira linha pode ser com R-CHOP ou EPOCH-R. Na doença refratária ou em recaída está indicado o transplante de medula óssea, radioterapia, brentuximabe, imunoterapias e terapias celulares. Conclusão: Este relato ilustra a dificuldade diagnóstica e da decisão terapêutica descrita na literatura e reafirma o quanto é necessária a integração entre a equipe clínica e laboratorial para o diagnóstico de certeza.