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  • O PAPEL DO TRANSPLANTE NOS ...
    Chiattone, CS; Delamain, MT; Miranda, ECM; Pereira, J; Farias, DLC; Nabhan, S; Bellesso, M; Hamerschlak, N; Zing, N; Castro, N; Ribeiro, G; Baptista, RLR; Gonzaga, Y; Gaiolla, R; Cordeiro, A; Schaffel, R; Souto-Filho, JTD; Negreiros, E; Hallack-Neto, A; Ribeiro, EFO; Vilarim, CC; Macedo, CCG; Brasil, SAB; Mo, SKG; Cunha-Junior, AD; Cury, P; Cecyn, KZ; Duffles, G; Federico, M; Souza, CA

    Hematology, Transfusion and Cell Therapy, October 2021, 2021-10-01, Letnik: 43
    Journal Article

    O papel da terapia de altas doses (TAD) seguida pelo transplante de células tronco periférico (TCTP) autólogo como consolidação é ainda muito discutido para os pacientes com Linfoma de células T periféricas (LCTP), ou seja, não há consenso atualmente sobre o gerenciamento ideal para o tratamento de primeira linha, principalmente devido ao viés de seleção de pacientes e das amostras pequenas nos estudos. Da mesma forma, com a disponibilidade de novos medicamentos, o uso TAD seguida de TCTP na consolidação ou salvamento deixou de serem as únicas opções disponíveis. Assim, nosso objetivo é descrever e verificar os resultados desses procedimentos e compreender o papel da TAD seguida de TCTP nestes pacientes. Entre janeiro de 2015 e julho de 2021, 414 pacientes foram registrados por 34 centros brasileiros; destes 374 tinha informação disponível das terapias usadas. Um total de 70 (18.5%) casos foi submetido ao TAD seguido TCTP e este grupo é o foco deste estudo. Sobrevida global (SG) foi calculada a partir da data do diagnóstico até a data da última visita ou data de óbito. A sobrevida livre de progressão (SLP) da data do diagnóstico até data do 1° evento ou última consulta. Para o grupo de salvamento (TCTP-S) foi calculado a SLP considerando a data do TCTP até a data da última consulta ou 1° evento, sendo o evento progressão ou morte. A mediana de idade dos pacientes transplantados foi de 51 anos (20-75), 37 (53%) sexo masculino, 20% teve performance status > 1; 60% apresentaram sintomas B e 67% teve algum sintoma relacionado à doença. 73% apresentou estadio III/IV; 16% dos casos tinham envolvimento extranodal > 1 e 17% tinham doença com bulky; Os subtipos mais frequentes foram 39% Linfoma de células T periféricas não especificado; 28% Linfoma de grandes células T anaplásicas, ALK- e 17% Linfoma angioimunoblástico. O grupo TCTP-C teve 54 pacientes e o status da doença antes do procedimento foi 50 (92,5%) casos com RC e 4 RP (7,5%); o TCTP-S foi realizado em 18 casos e 2 pacientes foram transplantados em ambos os momentos. Em relação ao tipo de TCTP, na consolidação, foram realizados 48 autólogos e 6 alogênicos, enquanto no salvamento foram 13 autólogos e 5 alogênicos. Após uma mediana de seguimento de 23 meses (4-77) para o grupo TCTP-C e 25 meses (6-43) para TCTP-S, a SG do grupo com TCTP-C foi de 81% (IC 95% 69-93%) e 71% (IC 95% 24-88%) para o TCTP-S, P = 0.16; A SLP foi de 61% (IC 95% 45-77%) e 7% (IC 95% 0-19%), respectivamente, p < 0,0001. Analisando o grupo TCTP-S, a resposta após o TCTP foi 4 (22%) RC, 1 (5,5%) RP, 3 (16,5%) doença estável, 5 (28%) progressão e 5 (28%) morreram. A mediana de seguimento foi 10 meses (1-23), e a SG-S foi 54% e 56% SLP-S em dois anos. Conclusões: De acordo com os dados da literatura, o TCTP pode indicar um controle em longo prazo para o LCTP alcançando uma estabilização após 5 anos e nossos dados apresentam curvas de 3 anos para o grupo consolidação, sugerindo que este procedimento é uma boa opção para melhorar os resultados finais. (Número do Clinical trials: NCT03207789).